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Aldo Rebelo troca cúpula do Ministério do Esporte

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), anunciou nesta segunda-feira os nomes de três novos secretários para compor a pasta.
O ministro assumiu o cargo no mês passado após a saída de Orlando Silva, provocada por denúncias de corrupção.
A economista Paula Pini, que desde 1998 ocupa o posto de especialista para o desenvolvimento urbano no Banco Mundial, foi nomeada secretária-executiva. Rebelo afirmou que o atual secretário, Waldemar Souza, continua no ministério, mas ainda não definiu o cargo.
O ministro citou a experiência de Pini na área de mobilidade urbana como um dos critérios para a nomeação. "Vários dos projetos que ela coordenou no banco estavam relacionados à mobilidade urbana, que é o que vamos precisar para a Copa e para as Olimpíadas", afirmou.
Para a chefia da assessoria internacional, Rebelo nomeou o diplomata Carlos Henrique Cardim, que há poucos meses era embaixador do Brasil na Noruega e Islândia. Ana Prestes, a atual ocupante do cargo, fica na subchefia de Cardim.
Já a secretaria nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social ficou com o vice-almirante reformado Afonso Barbosa, afastado da Marinha desde 2007. Assim como Cardim, Barbosa trabalhou nos governos Sarney, FHC e Lula. Ele ocupava, até a indicação, um cargo na diretoria da Bunge Brasil.
Barbosa entra no lugar de Wadson Ribeiro, apontado pelo policial militar João Dias Ferreira como integrante do esquema de corrupção na pasta. Segundo matéria da Folha, o ministério repassou R$ 9,4 milhões a uma organização não governamental e uma empresa dirigidas por pessoas ligadas a Ribeiro.
"Para as nomeações eu segui critérios técnicos, políticos, administrativos, de capacidade intelectual, de experiência de vida, de compromisso com o interesse público e também de afinidade pessoal", disse o ministro.
Ele afirmou ser amigo pessoal de Cardim e Barbosa --"é amigo em comum meu e do [velejador] Lars Grael"-- e conhecer "de perto" o trabalho de Pini. De acordo com ele, os três são ligados ao PCdoB, mas nenhum é filiado ao partido.

Por Folha