Crise faz Berlusconi renunciar
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, perdeu a maioria no Parlamento e se comprometeu a renunciar quando for aprovado um novo Orçamento com medidas de austeridade. A votação deve ocorrer na segunda quinzena deste mês. "Depois da aprovação da Lei de Estabilidade, apresentarei minha demissão, de modo a que o chefe de Estado possa abrir as consultas e decidir sobre o futuro", disse a uma TV, por telefone.
O favorito para assumir é Angelino Alfano, secretário do partido do premiê.
Berlusconi é a quarta vítima da crise econômica que assola a Europa. Já renunciaram os premiês da Irlanda, de Portugal e da Grécia.
Na Espanha, José Luis Zapatero antecipou as eleições, desistiu de concorrer, e seu partido, o Socialista, deve ser derrotado no próximo dia 20.
Todos são países com problemas de caixa e que foram obrigados a pagar juros cada vez mais altos para emprestar dinheiro no mercado.
A decisão de Berlusconi aconteceu após ele ter as contas de 2010 aprovadas por 308 dos 630 deputados --oito a menos do que a maioria. Os demais não votaram, para deixar claro que se opõem ao premiê. Oposição e aliados pediram a renúncia.
Traidores
Durante a sessão do Parlamento, Berlusconi fez várias anotações num papel. Nele, lia-se: 308, 8 traidores; apresentar a demissão.
Logo após a votação, foi conversar com o presidente do país, Giorgio Napolitano. Cabe a ele conduzir o processo de sucessão.
Napolitano disse que, após a efetivação da renúncia, irá convocar os partidos para ver se é possível formar um governo de coalizão ou se será necessário convocar eleições, que podem acontecer no início de 2012. Em tese, Berlusconi pode concorrer.
Berlusconi, 75 anos, é pela terceira vez premiê. No atual governo, que começou em 2008, foi acusado de corrupção e de escândalos sexuais. Balançou, mas ganhou 53 votos de confiança.
Cai agora por pressão de investidores e de outros líderes europeus, que não acreditam que ele tenha condições de adotar medidas de austeridade.
A Itália, terceira maior economia da zona do euro (atrás de Alemanha e França), tem uma dívida de 1,9 trilhão 120% do PIB (conjunto de riquezas do país).
O favorito para assumir é Angelino Alfano, secretário do partido do premiê.
Berlusconi é a quarta vítima da crise econômica que assola a Europa. Já renunciaram os premiês da Irlanda, de Portugal e da Grécia.
Na Espanha, José Luis Zapatero antecipou as eleições, desistiu de concorrer, e seu partido, o Socialista, deve ser derrotado no próximo dia 20.
Todos são países com problemas de caixa e que foram obrigados a pagar juros cada vez mais altos para emprestar dinheiro no mercado.
A decisão de Berlusconi aconteceu após ele ter as contas de 2010 aprovadas por 308 dos 630 deputados --oito a menos do que a maioria. Os demais não votaram, para deixar claro que se opõem ao premiê. Oposição e aliados pediram a renúncia.
Traidores
Durante a sessão do Parlamento, Berlusconi fez várias anotações num papel. Nele, lia-se: 308, 8 traidores; apresentar a demissão.
Logo após a votação, foi conversar com o presidente do país, Giorgio Napolitano. Cabe a ele conduzir o processo de sucessão.
Napolitano disse que, após a efetivação da renúncia, irá convocar os partidos para ver se é possível formar um governo de coalizão ou se será necessário convocar eleições, que podem acontecer no início de 2012. Em tese, Berlusconi pode concorrer.
Berlusconi, 75 anos, é pela terceira vez premiê. No atual governo, que começou em 2008, foi acusado de corrupção e de escândalos sexuais. Balançou, mas ganhou 53 votos de confiança.
Cai agora por pressão de investidores e de outros líderes europeus, que não acreditam que ele tenha condições de adotar medidas de austeridade.
A Itália, terceira maior economia da zona do euro (atrás de Alemanha e França), tem uma dívida de 1,9 trilhão 120% do PIB (conjunto de riquezas do país).
Por Folha