Grupo decide manter ocupação na USP e ataca imprensa
Mesmo com o fim do prazo dado pela Justiça, que terminou às 23h desta segunda-feira, os alunos que invadiram a reitoria da USP decidiram manter o prédio ocupado.
A decisão foi tomada no limite do prazo estabelecido, após uma assembleia que reuniu 300 estudantes, segundo guardas universitários, e 550, segundo os organizadores. A manutenção da invasão foi aprovada por unanimidade.
Após a votação, os estudantes passaram a agredir os jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos. Ele foi levado ao hospital.
O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido.
No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que tratou-se de uma situação isolada.
Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM faça a reintegração de posse.
O comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, afirmou que a retirada dos invasores pode ocorrer a qualquer momento a partir do fim do prazo dado pela Justiça. A ação da força policial está autorizada, "a menos que a universidade manifeste desejo contrário", segundo Camilo.
Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse.
O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.
A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão.
A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM --principal motivo da invasão-- e revisar processos administrativos contra estudantes.
Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que há chance de novos processos se for provado que houve vandalismo no prédio invadido.
No dia 27 de outubro, três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia --depois eles foram liberados.
Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício.
A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes --a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).
A decisão foi tomada no limite do prazo estabelecido, após uma assembleia que reuniu 300 estudantes, segundo guardas universitários, e 550, segundo os organizadores. A manutenção da invasão foi aprovada por unanimidade.
Após a votação, os estudantes passaram a agredir os jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos. Ele foi levado ao hospital.
O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido.
No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que tratou-se de uma situação isolada.
Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM faça a reintegração de posse.
O comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, afirmou que a retirada dos invasores pode ocorrer a qualquer momento a partir do fim do prazo dado pela Justiça. A ação da força policial está autorizada, "a menos que a universidade manifeste desejo contrário", segundo Camilo.
Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse.
O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.
A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão.
A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM --principal motivo da invasão-- e revisar processos administrativos contra estudantes.
Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que há chance de novos processos se for provado que houve vandalismo no prédio invadido.
No dia 27 de outubro, três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia --depois eles foram liberados.
Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício.
A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes --a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).
Por Folha