Absolvição de viúva não garante acesso a herança de milionário
O advogado Marcus Rangoni, que representa a filha do milionário Renné Senna, assassinado em 2007 aos 54 anos, afirmou neste sábado que a absolvição de Adriana Ferreira de Almeida, 34, não garante acesso à herança da vítima.
A viúva, acusada de mandar matar o marido Renné, foi absolvida no início da madrugada deste sábado. A sentença foi lida pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, no Tribunal do Júri de Rio Bonito (72 km do Rio).
Segundo o advogado, ainda tramita na esfera cível uma ação que pede que Adriana seja considerada indigna de receber os bens deixados pelo ex-companheiro. Além disso, ainda cabe recurso à sentença. Dois anos antes do crime, Senna ganhara R$ 51,8 milhões na Mega Sena. Em testamento, o ex-lavrador destinou metade do valor para a filha, Renata Senna, e metade para a nova companheira, Adriana. A fortuna atual é estimada em cerca de R$ 100 milhões.
O advogado disse ainda que a sentença causou "muita repulsa" na filha do ex-lavrador. Para Rangoni, o advogado de Adriana causou "confusão mental" nos jurados e os "induziu a erro".
"As provas são irrefutáveis, há uma ligação umbilical dela com os executores", disse.
RECURSO
A Promotoria vai recorrer da sentença que absolveu Adriana. A promotora Priscila Naegele se disse surpresa com o resultado devido à "consistência" das provas e prometeu recorrer. "Respeito a decisão dos jurados, mas estou absolutamente convencida de que Adriana é a mandante do crime."
Segundo Rangoni, a promotora tem agora um prazo de 15 dias para apresentar as razões para o TJ. Se os desembargadores acolherem o pedido de anulação, será marcado novo julgamento no Tribunal do Júri.
Durante a sustentação, a defesa repetiu inúmeras vezes que não havia provas contra Adriana. O advogado disse que apenas a interceptação telefônica não era suficiente para acusar a viúva.
Já a Promotoria estabeleceu uma cronologia dos fatos para acusar a ré.
Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito.
O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão.
A promotoria argumenta que Adriana foi a mandante do crime, e cita como prova as diversas conversas telefônicas que ela manteve com Sousa, inclusive na véspera do assassinato.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Adriana. Ela deixou o Tribunal do Júri sem dar entrevistas na madrugada deste sábado.
A viúva, acusada de mandar matar o marido Renné, foi absolvida no início da madrugada deste sábado. A sentença foi lida pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, no Tribunal do Júri de Rio Bonito (72 km do Rio).
Segundo o advogado, ainda tramita na esfera cível uma ação que pede que Adriana seja considerada indigna de receber os bens deixados pelo ex-companheiro. Além disso, ainda cabe recurso à sentença. Dois anos antes do crime, Senna ganhara R$ 51,8 milhões na Mega Sena. Em testamento, o ex-lavrador destinou metade do valor para a filha, Renata Senna, e metade para a nova companheira, Adriana. A fortuna atual é estimada em cerca de R$ 100 milhões.
O advogado disse ainda que a sentença causou "muita repulsa" na filha do ex-lavrador. Para Rangoni, o advogado de Adriana causou "confusão mental" nos jurados e os "induziu a erro".
"As provas são irrefutáveis, há uma ligação umbilical dela com os executores", disse.
RECURSO
A Promotoria vai recorrer da sentença que absolveu Adriana. A promotora Priscila Naegele se disse surpresa com o resultado devido à "consistência" das provas e prometeu recorrer. "Respeito a decisão dos jurados, mas estou absolutamente convencida de que Adriana é a mandante do crime."
Segundo Rangoni, a promotora tem agora um prazo de 15 dias para apresentar as razões para o TJ. Se os desembargadores acolherem o pedido de anulação, será marcado novo julgamento no Tribunal do Júri.
Durante a sustentação, a defesa repetiu inúmeras vezes que não havia provas contra Adriana. O advogado disse que apenas a interceptação telefônica não era suficiente para acusar a viúva.
Já a Promotoria estabeleceu uma cronologia dos fatos para acusar a ré.
Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito.
O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão.
A promotoria argumenta que Adriana foi a mandante do crime, e cita como prova as diversas conversas telefônicas que ela manteve com Sousa, inclusive na véspera do assassinato.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Adriana. Ela deixou o Tribunal do Júri sem dar entrevistas na madrugada deste sábado.
Por Folha