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Mercadante fala de Educação e irrita governo

Integrantes do Palácio do Planalto reprovaram ontem declarações do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, sobre sua ida para o Ministério da Educação, tema ainda tratado reservadamente pelo governo.
Mercadante foi chamado pela presidente Dilma Rousseff no mês passado para assumir a vaga de Fernando Haddad, conforme antecipou a coluna Painel em sua edição de 19 de dezembro.
O convite, porém, ainda não havia sido oficializado até agora por decisão do próprio Palácio.
Haddad sairá do ministério para ser candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
No programa de rádio "Bom Dia, Ministro" na quinta-feira, Mercadante admitiu a possibilidade de trocar de pasta. "Eu tenho visto todas essas informações na imprensa, mas vamos aguardar a reforma ministerial. Eu prometo para vocês que, se isso acontecer, e é possível que aconteça, eu estarei aqui à disposição e nós poderemos discutir a pasta da Educação", disse Mercadante ao programa.
Ao ser questionado sobre projetos para a nova pasta, ele afirmou que quem fala sobre a agenda da Educação é o atual ministro, mas destacou que existe "sinergia" entre as pastas da Ciência e Educação.
"Eu só falo da minha pasta, que é Ciência, Tecnologia e Inovação", disse.
Mercadante afirmou que a nomeação só vale depois que estiver no "Diário Oficial" e que quem indica ministro é a presidente da República.
Ela chegou a analisar a possibilidade de uma sucessão caseira, promovendo um dos quadros da atual cúpula do MEC, mas concluiu que o ex-senador petista é uma solução de mais peso para uma área que ela considera estratégica.

Por Folha