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Justiça de SP adia novamente julgamento de Gil Rugai

O TJ (Tribunal de Justiça) decidiu nesta sexta-feira adiar novamente a data do julgamento do ex-seminarista Gil Rugai, previsto para acontecer no próximo dia 26 no fórum criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Inicialmente, a data para o julgamento era 12 de dezembro.
Rugai é réu no processo no qual é acusado de matar o pai, Luis Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O casal foi morto a tiros em casa, em Perdizes (zona oeste de São Paulo), em 28 de março de 2004.
Rugai sempre negou os crimes e responde ao processo em liberdade.
O julgamento foi adiado a pedido da defesa do réu, que solicitou a realização de novo exame de DNA dos respingos de sangue encontrados na casa das vítimas --pedido que foi aceito pelo juiz. A Justiça ainda não determinou qual será a nova data.
Em dezembro, a decisão de adiar o júri teve como base um pedido feito pelo Ministério Público Estadual, que apontou um provável problema em uma das provas anexadas ao processo pelos defensores de Rugai.
Segundo a Polícia Civil e Promotoria, Rugai deu um desfalque de cerca de R$ 100 mil --falsificando a assinatura de seu pai em cheques da empresa dele, a Referência Filmes-- e, por conta disso, foi afastado do departamento financeiro. O desfalque motivou a expulsão de Rugai de casa, dias antes do crime, e isso o fez matar o casal, de acordo com a acusação.
Rugai ficou preso por dois anos até ser libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) em junho de 2006.
Em 25 de agosto de 2009, Rugai chegou a ser preso novamente por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas ele ficou apenas 12 horas detido porque o STF (Supremo Tribunal Federal) lhe deu o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
O juiz Emanuel Brandão Filho, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo, retirou de pauta o julgamento do estudante Gil Rugai, acusado da prática de dois homicídios (contra o pai, Luis Carlos Rugai, e a namorada deste, Alessandra de Fátima Troitino) e estelionatos continuados. Os crimes aconteceram no dia 28 de março de 2004, no interior da residência situada na Rua Atibaia, nº 383, bairro de Perdizes, Zona Oeste da Capital.

Por Folha