Após sequestro, Brasil fará novo alerta sobre viagem ao Egito
Após o sequestro de duas brasileiras em viagem à península do Sinai, no Egito, o Itamaraty fará um novo alerta sobre os perigos da região às empresas que costumam oferecer pacotes de viagem aos turistas do Brasil.
"Há indicações de que há realmente risco potencial, então fez-se esse alerta diretamente às agências de turismo", afirmou nesta segunda-feira (19) o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes.
Sarah Lima, 18, e a missionária Zélia Magalhães de Melo, 45, integravam um grupo que ia ao mosteiro de Santa Catarina, no sopé do monte Sinai, quando foram sequestradas por beduínos. Elas ficaram sob o poder do grupo por cerca de seis horas, e foram libertadas sem ferimentos.
Em janeiro, o Itamaraty já havia feito alerta semelhante ao Ministério do Turismo do Brasil, após dois ônibus ficarem retidos por cerca de quatro horas próximo ao mosteiro --entre os turistas, havia brasileiros. Em portal do Itamaraty, também há aviso sobre deslocamentos por via terrestre no Egito.
"Desde o início da Primavera Árabe, a segurança nas estradas da região da Península do Sinai tem se deteriorado. Tornaram-se comuns abordagens de ônibus de turistas por tribos beduínas, que buscam obter a libertação de parentes detidos em troca de liberação dos turistas. Recomenda-se evitar transitar pelas rodovias do Sinai até que a situação retorne à normalidade", diz texto de alerta a turistas em viagem ao país.
SEQUESTRO
Sara relatou à Folha como foram as horas que passou em cativeiro neste domingo, após ser sequestrada por um bando de beduínos armados na península do Sinai, no Egito. Ela conta que, apesar do susto, os sequestradores foram pacíficos e até fizeram uma "proposta de casamento".
"Não foram violentos, tinham armas, mas não atiraram enquanto a gente estava lá", disse. "Eles acham as mulheres brasileiras muito bonitas e até fizeram uma brincadeira que queriam casar comigo".
Além das brasileiras, foram levados o guia e um segurança, ambos egípcios. O governo egípcio assumiu as negociações e, cerca de nove horas depois, elas foram libertadas.
SEQUESTROS NO SINAI
Sequestros têm sido frequentes na região do Sinai, onde a segurança diminuiu depois da queda do ditador Hosni Mubarak, há um ano.
Em janeiro, 25 operários de construção chineses foram capturados, sendo libertados 15 horas depois. Dias depois, duas americanas foram sequestradas.
Os beduínos costumam pedir a libertação de companheiros presos em acusações que consideram injustas, geralmente tráfico de drogas e terrorismo.
Apesar dos alertas para não ir à região, Sara disse que o grupo "estava confiante que nada ia acontecer, mas Deus quis assim".
Membro da Igreja evangélica Avivamento da Fé, de Osasco, disse que não pretende deixar de ir ao Egito, país que visita pela segunda vez. "Continuo querendo voltar para esse país e subir o Sinai novamente", disse.
As turistas não mudaram os planos de viagem. Elas pegaram um ônibus para Taba, na fronteira com Israel, de onde seguirão para Jerusalém.
"Há indicações de que há realmente risco potencial, então fez-se esse alerta diretamente às agências de turismo", afirmou nesta segunda-feira (19) o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes.
Sarah Lima, 18, e a missionária Zélia Magalhães de Melo, 45, integravam um grupo que ia ao mosteiro de Santa Catarina, no sopé do monte Sinai, quando foram sequestradas por beduínos. Elas ficaram sob o poder do grupo por cerca de seis horas, e foram libertadas sem ferimentos.
Em janeiro, o Itamaraty já havia feito alerta semelhante ao Ministério do Turismo do Brasil, após dois ônibus ficarem retidos por cerca de quatro horas próximo ao mosteiro --entre os turistas, havia brasileiros. Em portal do Itamaraty, também há aviso sobre deslocamentos por via terrestre no Egito.
"Desde o início da Primavera Árabe, a segurança nas estradas da região da Península do Sinai tem se deteriorado. Tornaram-se comuns abordagens de ônibus de turistas por tribos beduínas, que buscam obter a libertação de parentes detidos em troca de liberação dos turistas. Recomenda-se evitar transitar pelas rodovias do Sinai até que a situação retorne à normalidade", diz texto de alerta a turistas em viagem ao país.
SEQUESTRO
Sara relatou à Folha como foram as horas que passou em cativeiro neste domingo, após ser sequestrada por um bando de beduínos armados na península do Sinai, no Egito. Ela conta que, apesar do susto, os sequestradores foram pacíficos e até fizeram uma "proposta de casamento".
"Não foram violentos, tinham armas, mas não atiraram enquanto a gente estava lá", disse. "Eles acham as mulheres brasileiras muito bonitas e até fizeram uma brincadeira que queriam casar comigo".
Além das brasileiras, foram levados o guia e um segurança, ambos egípcios. O governo egípcio assumiu as negociações e, cerca de nove horas depois, elas foram libertadas.
SEQUESTROS NO SINAI
Sequestros têm sido frequentes na região do Sinai, onde a segurança diminuiu depois da queda do ditador Hosni Mubarak, há um ano.
Em janeiro, 25 operários de construção chineses foram capturados, sendo libertados 15 horas depois. Dias depois, duas americanas foram sequestradas.
Os beduínos costumam pedir a libertação de companheiros presos em acusações que consideram injustas, geralmente tráfico de drogas e terrorismo.
Apesar dos alertas para não ir à região, Sara disse que o grupo "estava confiante que nada ia acontecer, mas Deus quis assim".
Membro da Igreja evangélica Avivamento da Fé, de Osasco, disse que não pretende deixar de ir ao Egito, país que visita pela segunda vez. "Continuo querendo voltar para esse país e subir o Sinai novamente", disse.
As turistas não mudaram os planos de viagem. Elas pegaram um ônibus para Taba, na fronteira com Israel, de onde seguirão para Jerusalém.
Por Folha