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Procurador vai abrir inquérito para investigar Demóstenes

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, no começo da tarde de hoje (27), em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN). No texto, Demóstenes sinaliza que precisa de mais tempo para se dedicar à defesa das denúncias que o envolvem com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
“A fim de que possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados no últimos dias, comunico à Vossa Excelência meu afastamento da Liderança do Democratas no Senado Federal”, disse o senador, na correspondência.
O corregedor do Senado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), enviou pedido de informações ao Ministério Público para saber se há envolvimento de Demóstenes no esquema de corrupção investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Depois dessas informações, Vital do Rêgo definirá se o caso será remetido ao Conselho de Ética da Casa.
Em meio às denúncias de irregularidades, Demóstenes confirmou apenas que havia recebido presentes de casamento – uma geladeira e um fogão importados – de Cachoeira. Porém, vieram à tona informações que o senador mantinha uma linha telefônica para conversar com o empresário.
Procuradoria vai investigar Demóstenes 
No início da noite desta terça-feira (27), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) de abertura de inquérito para apurar o envolvimento de parlamentares com a exploração ilegal de jogos em Goiás.
Gurgel pediu ao STF que o inquérito seja desmembrado em três frentes de investigação. A primeira vai apurar a conduta do senador Demóstenes Torres, a segunda vai investigar a participação de “dois ou três” deputados no esquema - Gurgel preferiu não dizer a quantidade exata de políticos que serão investigados - e a terceira frente vai investigar os acusados que não têm prerrogativa de foro, cujos casos devem ser enviados à Justiça Federal em Goiás.

Por Época