Rebeldes sírios prometem cessar-fogo caso Exército se retire
Os rebeldes sírios disseram neste sábado que estão "prontos" para um
cessar-fogo caso o Exército do país retire seus tanques, artilharia e
armas pesadas das áreas dominadas pela oposição, disse o porta-voz do
ELS (Exército Livre Sírio).
"Não podemos aceitar a presença de tanques e soldados em veículos
bilndandos em meio ao nosso povo. Não temos problema com um cessar-fogo.
Assim que eles se retirarem, o ELS não disparará nem um tiro", afirmou
Qassim Saad al-Din à agência Reuters por telefone de Homs.
Outro representante rebelde em Damasco, que falou à Reuters em condição de anonimato, afirmou: "Quando os homens ligados ao [ditador sírio Bashar] Al Assad pararem de atirar e matar civis, nossos líderes poderão cessar as operações, e nos comprometeremos a mostrar nossas boas intenções".
Mais cedo neste sábado, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sírio, Jihad Maqdesi, disse que autoridades só irão retirar as tropas desdobradas em diferentes cidades do país "uma vez que a paz e a segurança tiverem sido impostas".
Em uma entrevista à TV estatal publicada neste sábado pela agência oficial Sana, Maqdesi destacou que "a presença do Exército sírio nas cidades tem o propósito de proteger os civis, muitos dos quais são capturados como reféns para prejudicar a estabilidade do país".
Segundo o porta-voz, os grupos armados acusados pelo regime de causar a violência aproveitaram em anteriores ocasiões o recuo militar para recuperar o controle sobre áreas inteiras, pelo que, reiterou, "o recuo das forças armadas só acontecerá quando uma zona tiver retornado à vida normal".
PLANO DE PAZ
O regime sírio aceitou formalmente nesta semana o plano proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que contempla, entre outros pontos, a cessação da violência e o recuo do Exército.
No entanto, a repressão ainda não foi interrompida, e pelo menos 10 pessoas morreram hoje, a maioria delas na província setentrional de Idlib, pela ação das forças sírias, segundo denunciou a oposição.
De acordo com Maqdesi, a Síria se compromete a "cooperar positivamente" com Annan, sempre e quando for preservada sua soberania e garantida a não ingerência.
O representante sírio confirmou ainda que seu país receberá "em breve uma equipe técnica de negociadores para analisar com a ONU os mecanismos de implementação" da iniciativa de Annan.
Segundo dados da ONU, desde o início dos protestos na Síria, o que ocorreu em março do ano passado, mais de 9.000 pessoas morreram, enquanto 200 mil se deslocaram a outras regiões dentro do país e 30 mil partiram para o exterior.
EUA
Ontem, os Estados Unidos voltaram a pedir o cessar-fogo imediato ao regime do ditador Bashar al Assad após a aceitação do plano do enviado especial da ONU ao país árabe, Kofi Annan, na última quinta (29).
"Queremos ver um cessar fogo imediato no território sírio. Se disseram que concordavam com o plano, então deveriam tomar medidas imediatas para combater a violência", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.
Apesar da indicação de cumprimento das medidas por Assad, o representante afirmou que os Estados Unidos ainda são céticos sobre as decisões do ditador e sobre os "passos reais que adota".
Toner ressaltou a importância de criar uma oposição internacional "sólida" contra o regime de Assad para continuar dando passos "pelo bom caminho", ou seja, pela resolução do conflito por via diplomática.
Outro representante rebelde em Damasco, que falou à Reuters em condição de anonimato, afirmou: "Quando os homens ligados ao [ditador sírio Bashar] Al Assad pararem de atirar e matar civis, nossos líderes poderão cessar as operações, e nos comprometeremos a mostrar nossas boas intenções".
Mais cedo neste sábado, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sírio, Jihad Maqdesi, disse que autoridades só irão retirar as tropas desdobradas em diferentes cidades do país "uma vez que a paz e a segurança tiverem sido impostas".
Em uma entrevista à TV estatal publicada neste sábado pela agência oficial Sana, Maqdesi destacou que "a presença do Exército sírio nas cidades tem o propósito de proteger os civis, muitos dos quais são capturados como reféns para prejudicar a estabilidade do país".
Segundo o porta-voz, os grupos armados acusados pelo regime de causar a violência aproveitaram em anteriores ocasiões o recuo militar para recuperar o controle sobre áreas inteiras, pelo que, reiterou, "o recuo das forças armadas só acontecerá quando uma zona tiver retornado à vida normal".
PLANO DE PAZ
O regime sírio aceitou formalmente nesta semana o plano proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que contempla, entre outros pontos, a cessação da violência e o recuo do Exército.
No entanto, a repressão ainda não foi interrompida, e pelo menos 10 pessoas morreram hoje, a maioria delas na província setentrional de Idlib, pela ação das forças sírias, segundo denunciou a oposição.
De acordo com Maqdesi, a Síria se compromete a "cooperar positivamente" com Annan, sempre e quando for preservada sua soberania e garantida a não ingerência.
O representante sírio confirmou ainda que seu país receberá "em breve uma equipe técnica de negociadores para analisar com a ONU os mecanismos de implementação" da iniciativa de Annan.
Segundo dados da ONU, desde o início dos protestos na Síria, o que ocorreu em março do ano passado, mais de 9.000 pessoas morreram, enquanto 200 mil se deslocaram a outras regiões dentro do país e 30 mil partiram para o exterior.
EUA
Ontem, os Estados Unidos voltaram a pedir o cessar-fogo imediato ao regime do ditador Bashar al Assad após a aceitação do plano do enviado especial da ONU ao país árabe, Kofi Annan, na última quinta (29).
"Queremos ver um cessar fogo imediato no território sírio. Se disseram que concordavam com o plano, então deveriam tomar medidas imediatas para combater a violência", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.
Apesar da indicação de cumprimento das medidas por Assad, o representante afirmou que os Estados Unidos ainda são céticos sobre as decisões do ditador e sobre os "passos reais que adota".
Toner ressaltou a importância de criar uma oposição internacional "sólida" contra o regime de Assad para continuar dando passos "pelo bom caminho", ou seja, pela resolução do conflito por via diplomática.
Por Folha