Senador atuou em prol de acusado de contravenção
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) usou o cargo para atender
pedidos do empresário de jogos clandestinos Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal.
Em setembro do ano passado, Demóstenes ajudou a abrir portas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para representantes de um laboratório farmacêutico que é controlado pelo bicheiro, segundo a polícia.
Segundo registros da Anvisa, o senador pediu uma audiência para tratar de um "protocolo sobre o câncer", mas usou a reunião para discutir pendências do laboratório Vitapan.
Gravações, cujas transcrições foram obtidas pela reportagem, mostram que Cachoeira pediu a ajuda de Demóstenes para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio de 2011.
O senador procura tranquilizar o empresário, dizendo que não havia possibilidade de o pedido ser aprovado. "Manda ele retirar o requerimento", pediu Cachoeira.
O senador do DEM respondeu: "Não, isso não aprova não."
O requerimento foi apresentado pelo deputado Delegado Waldir, do PSDB de Goiás, que atuou como suplente no ano passado.
Na mesma conversa, Demóstenes e Cachoeira discutem a situação do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que estava prestes a sair do governo.
"O Palocci mandou todo mundo atrás de mim aqui (...) Todo tipo de proposta", diz Demóstenes. "Esse não aguenta nem mais um bafo na nuca, viu?"
Resposta
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, responsável pela defesa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que não vai comentar o teor dos grampos da Polícia Federal.
Em nota, a construtora Delta informou que desconhece o teor, a motivação e a natureza do diálogo gravado.
O advogado Márcio Thomaz Bastos, defensor de Carlinhos Cachoeira, disse que preferia não se manifestar.
O laboratório Vitapan também não se pronunciou.
Em setembro do ano passado, Demóstenes ajudou a abrir portas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para representantes de um laboratório farmacêutico que é controlado pelo bicheiro, segundo a polícia.
Segundo registros da Anvisa, o senador pediu uma audiência para tratar de um "protocolo sobre o câncer", mas usou a reunião para discutir pendências do laboratório Vitapan.
Gravações, cujas transcrições foram obtidas pela reportagem, mostram que Cachoeira pediu a ajuda de Demóstenes para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio de 2011.
O senador procura tranquilizar o empresário, dizendo que não havia possibilidade de o pedido ser aprovado. "Manda ele retirar o requerimento", pediu Cachoeira.
O senador do DEM respondeu: "Não, isso não aprova não."
O requerimento foi apresentado pelo deputado Delegado Waldir, do PSDB de Goiás, que atuou como suplente no ano passado.
Na mesma conversa, Demóstenes e Cachoeira discutem a situação do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que estava prestes a sair do governo.
"O Palocci mandou todo mundo atrás de mim aqui (...) Todo tipo de proposta", diz Demóstenes. "Esse não aguenta nem mais um bafo na nuca, viu?"
Resposta
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, responsável pela defesa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que não vai comentar o teor dos grampos da Polícia Federal.
Em nota, a construtora Delta informou que desconhece o teor, a motivação e a natureza do diálogo gravado.
O advogado Márcio Thomaz Bastos, defensor de Carlinhos Cachoeira, disse que preferia não se manifestar.
O laboratório Vitapan também não se pronunciou.
Por Folha