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Síria barra ajuda humanitária da Cruz Vermelha

O governo sírio barrou a entrada de um comboio humanitário da Cruz Vermelha no devastado bairro de Baba Amr, da cidade de Homs, que há quase um mês está sob bombardeio.
Há um ano, o ditador Bashar Assad enfrenta protestos que pedem sua saída.
Nesta semana, a ONU atualizou para 7.500 o número de mortos pelas forças do governo desde o início da revolta.
O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, qualificou o atraso na ajuda humanitária de "inaceitável".
Segundo relatos não confirmados, soldados sírios fizeram ontem execuções sumárias em Baba Amr.
Não está claro porque o Exército barrou a ajuda. Um dia antes, o governo sírio havia prometido autorizar sua entrada.
Na quinta, uma ofensiva do regime obrigou as forças do ELS (Exército Livre da Síria) a abandonar Baba Amr, que nas últimas semanas tornara-se o principal reduto da oposição na cidade.
"Nós continuamos a receber relatos terríveis de execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura", disse o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon.
Segundo Kellenberger, a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho esperaram entrar em Baba Amr em breve.
Ontem, a jornalista francesa Edith Bouvier, 31 anos, gravemente ferida nas pernas num bombardeio em Homs, e o colega William Daniels chegaram a Paris.

Por Folha