Câmara e Senado fecham acordo por CPI mista sobre Cachoeira
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai investigar a ligação
de parlamentares com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, deve ser instalada no Congresso até o fim desta semana.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniram-se nesta terça-feira e decidiram apoiar a instalação de CPI mista, formada por deputados e senadores.
Maia e Sarney vão consultar líderes partidários para autorizar a liberação do requerimento pedindo a instalação da CPI. "Fechamos o entendimento de que o melhor é uma CPI mista. Tanto da minha parte quanto da parte dele, não há porque ter uma CPI na Câmara e outra no Senado se é possível ter uma mista", afirmou Maia.
Um dos partidos que apoiam a comissão, o PSDB quer investigar, além de parlamentares envolvidos com Cachoeira, outras autoridades que aparecem no inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desmontou esquema de jogos ilegais no país. O PT também quer incluir a relação dos parlamentares com empresas que teriam sido beneficiados pelo empresário.
O presidente da Câmara disse que a CPI tem que investigar o "poder paralelo" criado no país pelo empresário, suspeito de comandar um esquema de jogos ilegais no país. "Foi constituído um Estado paralelo que precisa ser desmantelado. Se todas as denúncias forem verdadeiras, o caso é muito grave", disse o presidente da Câmara.
No Senado, a criação da CPI tem o apoio de partidos aliados do governo e da oposição. Até agora, as bancadas dos senadores do PT, PSDB, PSOL, PDT, PTB, PR e PSC apoiam a criação da comissão --o que soma 42 senadores. O mínimo necessário para que a CPI seja instalada é de 27 senadores.
Na Câmara, são necessárias 171 assinaturas para a instalação da CPI. O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) já havia iniciado a coleta para uma CPI na Câmara, mas como a comissão será mista, há a necessidade de que todas as assinaturas sejam colhidas novamente nas duas Casas.
O senador Demóstenes Torres (GO) e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ), Rubens Otoni (PT-GO) e Jovair Arantes (PTB-GO) foram citados em relatório da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro e que prendeu Cachoeira.
GRAVIDADE
Paralelamente à CPI, o Conselho de Ética do Senado decidiu hoje abrir investigação contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O presidente do conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse ser muito difícil Demóstenes escapar da cassação do seu mandato.
"O clima aqui no Senado, que antes era de torcida para que não fossem verdadeiras as acusações, hoje é de inteira decepção e frieza com o nome do Demóstenes Torres. Não há possibilidade, não há mais como escapar de um processo de cassação", afirmou.
Demóstenes deve ser notificado hoje da abertura do processo. A partir da notificação, ele tem dez dias para apresentar defesa --que pode ser enviada por escrito ao Conselho de Ética, ou feita pessoalmente pelo senador.
Na quinta-feira, o conselho volta a se reunir para sortear o relator do caso Demóstenes. Caberá ao relator recomendar, em seu voto, se o senador deve perder o mandato.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniram-se nesta terça-feira e decidiram apoiar a instalação de CPI mista, formada por deputados e senadores.
Maia e Sarney vão consultar líderes partidários para autorizar a liberação do requerimento pedindo a instalação da CPI. "Fechamos o entendimento de que o melhor é uma CPI mista. Tanto da minha parte quanto da parte dele, não há porque ter uma CPI na Câmara e outra no Senado se é possível ter uma mista", afirmou Maia.
Um dos partidos que apoiam a comissão, o PSDB quer investigar, além de parlamentares envolvidos com Cachoeira, outras autoridades que aparecem no inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desmontou esquema de jogos ilegais no país. O PT também quer incluir a relação dos parlamentares com empresas que teriam sido beneficiados pelo empresário.
O presidente da Câmara disse que a CPI tem que investigar o "poder paralelo" criado no país pelo empresário, suspeito de comandar um esquema de jogos ilegais no país. "Foi constituído um Estado paralelo que precisa ser desmantelado. Se todas as denúncias forem verdadeiras, o caso é muito grave", disse o presidente da Câmara.
No Senado, a criação da CPI tem o apoio de partidos aliados do governo e da oposição. Até agora, as bancadas dos senadores do PT, PSDB, PSOL, PDT, PTB, PR e PSC apoiam a criação da comissão --o que soma 42 senadores. O mínimo necessário para que a CPI seja instalada é de 27 senadores.
Na Câmara, são necessárias 171 assinaturas para a instalação da CPI. O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) já havia iniciado a coleta para uma CPI na Câmara, mas como a comissão será mista, há a necessidade de que todas as assinaturas sejam colhidas novamente nas duas Casas.
O senador Demóstenes Torres (GO) e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ), Rubens Otoni (PT-GO) e Jovair Arantes (PTB-GO) foram citados em relatório da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro e que prendeu Cachoeira.
GRAVIDADE
Paralelamente à CPI, o Conselho de Ética do Senado decidiu hoje abrir investigação contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O presidente do conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse ser muito difícil Demóstenes escapar da cassação do seu mandato.
"O clima aqui no Senado, que antes era de torcida para que não fossem verdadeiras as acusações, hoje é de inteira decepção e frieza com o nome do Demóstenes Torres. Não há possibilidade, não há mais como escapar de um processo de cassação", afirmou.
Demóstenes deve ser notificado hoje da abertura do processo. A partir da notificação, ele tem dez dias para apresentar defesa --que pode ser enviada por escrito ao Conselho de Ética, ou feita pessoalmente pelo senador.
Na quinta-feira, o conselho volta a se reunir para sortear o relator do caso Demóstenes. Caberá ao relator recomendar, em seu voto, se o senador deve perder o mandato.
Por Folha