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Facebook compra o Instagram por US$ 1 bilhão

O Facebook chegou a um acordo para comprar o Instagram, popular serviço de compartilhamento de fotos para celulares. A maior rede social do mundo pagará cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro e ações pela aquisição, que deve ocorrer ainda neste trimestre.
O Instagram é um serviço que permite ao usuário aplicar filtros digitais em fotos e compartilhá-las em redes sociais. Lançado em outubro de 2010, tem mais de 30 milhões de usuários registrados.
Até o início de abril deste ano, o aplicativo do Instagram estava disponível apenas para aparelhos com o sistema operacional iOS, da Apple. Uma versão para o Android, plataforma do Google, foi lançada no último dia 3 e alcançou 1 milhão de downloads em 12 horas.
"Este é um importante marco na história do Facebook, já que é a primeira vez que compramos um produto e uma companhia com tantos usuários. Não planejamos repetir isso muito mais vezes --se é que vamos repetir", disse Mark Zuckerberg, cofundador e executivo-chefe da rede social.
"Oferecer a melhor experiência em compartilhamento de fotos é uma razão pela qual tantas pessoas gostam do Facebook, e sabíamos que valeria a pena juntar essas duas empresas."
"É importante que fique claro que o Instagram não vai desaparecer. Nós vamos trabalhar com o Facebook para evoluir o Instagram", disse Kevin Systrom, cofundador e executivo-chefe do serviço de compartilhamento de fotos, que ainda esclareceu: o aplicativo continuará o mesmo, você manterá seus seguidores e poderá continuar a compartilhar imagens em outras redes sociais,

NEGÓCIOS
 
No mês que vem, o Facebook deve fazer sua IPO (oferta pública inicial de ações), que deve levantar US$ 5 bilhões e pode avaliar a empresa em até US$ 100 bilhões.
Na semana passada, o Instagram fechou uma rodada de financiamento de US$ 50 milhões que avaliou a empresa em cerca de US$ 500 milhões, segundo o site "All Things Digital".
Um dos criadores do serviço é o paulista Mike Krieger, que estudou na Universidade Stanford, foi estagiário da Microsoft e da Foxmarks e trabalhou no Meebo.
Em entrevista à Folha no início do ano passado, Krieger descreveu o Instagram como uma "plataforma de momentos instantâneos" e contou como o serviço começou.
A ideia inicial da empresa de Systrom era criar um aplicativo que ajudasse as pessoas a compartilhar experiências que viviam longe do computador. Inicialmente, ele se chamava Burbn, segundo Krieger.
Mas o Burbn era muito complicado: "Era possível enviar fotos, fazer check-ins [publicar a chegada a um lugar], criar planos para o fim de semana. Então decidimos colocar o aplicativo numa dieta e surgiu o Instagram".

Por Folha