Holding da JBS acerta compra da construtora Delta
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles foi escalado para
assumir o conselho de administração da construtora Delta, cuja venda
para a J&F, holding do grupo JBS, está prevista para ser anunciada
nesta quarta-feira.
A Delta é apontada pelo Ministério Público como integrante do esquema do empresário Carlos Cachoeira na região Centro-Oeste.
Segundo pessoas envolvidas na negociação, já está montada a arquitetura da venda, conforme antecipou a Folha na última sexta-feira.
O governo federal, porém, não vê a operação com bons olhos. Avalia que a J&F não tem expertise na área de construção civil e preferiria uma empreiteira no comando.
Pelo acerto, o valor total da operação só será fixado depois que os compradores entrarem na empreiteira para avaliar o patrimônio da companhia.
Há duas semanas, o governo federal iniciou um processo administrativo que pode fazer com que a empresa fique até cinco anos sem poder realizar contratos com órgãos federais. Ela também é contratada por diversos Estados.
No setor de transportes, por exemplo, são ao menos 99 contratos ainda ativos - 8 para obras e 91 para manutenção.
Na prática, a maior parte desses negócios pode ser rompida antes do fim caso o governo. A avaliação no mercado é de que esses contratos estariam ªmicadosº, afugentando o interesse de grandes construtoras na aquisição.
Isso porque a estratégia da empresa para vencer a maior parte das concorrências foi ofertar um preço muito abaixo dos concorrentes com propostas consideradas inexequíveis. Há, contudo, contratos lucrativos na área de prestação de serviços.
A construtora já deixou o consórcio responsável pelo projeto da Transcarioca (corredor expresso de ônibus) e o da reforma do Maracanã.
As dificuldades de obter crédito junto a bancos para se financiar também foram decisivas para a venda.
Sócio majoritário e presidente licenciado da Delta por conta do escândalo, Fernando Cavendish admitiu em entrevista à Folha em abril o risco de a empresa ir à falência após a deflagração da operação Monte Carlo, a mesma que levou Carlos Cachoeira à prisão. O ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu também foi preso pela PF.
Conforme a investigação, o dinheiro da construtora foi colocado em empresas fantasmas de Cachoeira.
A Delta é apontada pelo Ministério Público como integrante do esquema do empresário Carlos Cachoeira na região Centro-Oeste.
Segundo pessoas envolvidas na negociação, já está montada a arquitetura da venda, conforme antecipou a Folha na última sexta-feira.
O governo federal, porém, não vê a operação com bons olhos. Avalia que a J&F não tem expertise na área de construção civil e preferiria uma empreiteira no comando.
Pelo acerto, o valor total da operação só será fixado depois que os compradores entrarem na empreiteira para avaliar o patrimônio da companhia.
Há duas semanas, o governo federal iniciou um processo administrativo que pode fazer com que a empresa fique até cinco anos sem poder realizar contratos com órgãos federais. Ela também é contratada por diversos Estados.
No setor de transportes, por exemplo, são ao menos 99 contratos ainda ativos - 8 para obras e 91 para manutenção.
Na prática, a maior parte desses negócios pode ser rompida antes do fim caso o governo. A avaliação no mercado é de que esses contratos estariam ªmicadosº, afugentando o interesse de grandes construtoras na aquisição.
Isso porque a estratégia da empresa para vencer a maior parte das concorrências foi ofertar um preço muito abaixo dos concorrentes com propostas consideradas inexequíveis. Há, contudo, contratos lucrativos na área de prestação de serviços.
A construtora já deixou o consórcio responsável pelo projeto da Transcarioca (corredor expresso de ônibus) e o da reforma do Maracanã.
As dificuldades de obter crédito junto a bancos para se financiar também foram decisivas para a venda.
Sócio majoritário e presidente licenciado da Delta por conta do escândalo, Fernando Cavendish admitiu em entrevista à Folha em abril o risco de a empresa ir à falência após a deflagração da operação Monte Carlo, a mesma que levou Carlos Cachoeira à prisão. O ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu também foi preso pela PF.
Conforme a investigação, o dinheiro da construtora foi colocado em empresas fantasmas de Cachoeira.
Por Folha