Metroviários fazem acordo e encerram greve
Depois da assembleia realizada nesta quarta-feira
na sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, Zona Leste de São
Paulo, os trabalhadores da categoria decidiram interromper a paralisação que se prolongava
desde a meia-noite. O principal ponto acertado entre os dois lados foi o
reajuste salarial de 6,17%, oferecido pelo Metrô. Também foi fixado o
valor do vale-refeição em 23 reais por dia (atualmente são 19,88 reais
por dia) e do vale-alimentação em 218 reais por mês (atuais 150 reais).
"Não foi o ideal, mas o que foi possível", disse Altino de Melo Prazeres, presidente do sindicato. "Avançamos até onde poderíamos avançar".
Segundo Altino, a categoria reivindicava outros itens que não foram aceitos, como jornada de trabalho de 36 horas, adicional de 30% de periculosidade, equiparação salarial – a alegação é que funcionários da mesma categoria muitas vezes têm salários diferentes – e a recontratação de 61 funcionários demitidos na greve de 2007.
Com o fim da greve, o metrô informou que a circulação dos trens será normalizada ainda nesta quarta.
A paralisação - No metrô, funcionaram integralmente nesta quarta-feira apenas as linhas 5-Lilás e 4-Amarela. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operaram parcialmente. As linhas 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana) da CPTM também não funcionaram, em razão da greve do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, igualmente decretada nesta terça-feira à noite.
Os servidores da CPTM têm audiência conciliatória no TRT a partir de 17 horas para decidir se voltam ao trabalho. Eles reivindicam aumento de 10,83%. A empresa oferece 6,17% e a Justiça do Trabalho, um valor intermediário, de 7,5%. Segundo Leonildo Bittencourt Canabrava, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, outros itens em discussão são um novo plano de cargos e salários e participação nos lucros, além de reajuste no valor do vale-refeição dos atuais 18 reais para 21,50 reais diários. O sindicato representa 1 700 funcionários.
Segundo ele, os grevistas não participaram da confusão de manhã, próximo à estação Itaquera, na Zona Leste, quando a polícia teve de usar gás de pimenta e balas de borracha para dispersar manifestantes que fecharam a Radial Leste. O sindicalista também afirmou que não havia como cumprir a decisão judicial que determinara um percentual mínimo dos trens por razões de segurança. "Não é possivel funcionar com 70% da frota", disse. "Quando um trem quebra, em condições normais, já tem confusão, tumulto e até apedrejamentos, imagine durante uma greve". Segundo ele, o sindicato não foi notificado.
Congestionamento - O trânsito ficou caótico pela manhã devido ao aumento da circulação de carros e ônibus. O rodízio de veículos com placas de final 5 e 6 foi suspenso. Já a SPTrans acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus entre as estações afetadas. Os pontos, porém, ficaram lotados.
O congestionamento foi aumentando ao longo da manhã. Às 7h50, já havia 150 quilômetros de lentidão nas vias monitoradas pela CET. Às 9 horas, o congestionamento era de 210 quilômetros – 105 quilômetros só na Zona Sul. Menos de meia hora depois, subiu para 221 quilômetros – 108 só na Zona Sul. Os índices bateram, logo cedo, o recorde de congestionamento registrado pela CET este ano no período da manhã, que foi de 168 quilômetros de lentidão em 27 de abril. Às 9h42, o congestionamento chegou a 229 quilômetros, batendo o recorde do ano em qualquer período, que era de 222 quilômetros. Às 10 horas, a lentidão chegou a 249 quilômetros.
Protesto - Houve tumulto logo cedo em Itaquera, na Zona Leste. Usuários do metrô que não conseguiram embarcar realizaram um protesto, bloqueando a Radial Leste. A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada. Segundo informações da CBN, uma pessoa foi detida por desacato nas proximidades da estação Itaquera. Os manifestantes chegaram a parar um ônibus e fizeram com que os passageiros descessem.
"Não foi o ideal, mas o que foi possível", disse Altino de Melo Prazeres, presidente do sindicato. "Avançamos até onde poderíamos avançar".
Segundo Altino, a categoria reivindicava outros itens que não foram aceitos, como jornada de trabalho de 36 horas, adicional de 30% de periculosidade, equiparação salarial – a alegação é que funcionários da mesma categoria muitas vezes têm salários diferentes – e a recontratação de 61 funcionários demitidos na greve de 2007.
Com o fim da greve, o metrô informou que a circulação dos trens será normalizada ainda nesta quarta.
A paralisação - No metrô, funcionaram integralmente nesta quarta-feira apenas as linhas 5-Lilás e 4-Amarela. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operaram parcialmente. As linhas 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana) da CPTM também não funcionaram, em razão da greve do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, igualmente decretada nesta terça-feira à noite.
Os servidores da CPTM têm audiência conciliatória no TRT a partir de 17 horas para decidir se voltam ao trabalho. Eles reivindicam aumento de 10,83%. A empresa oferece 6,17% e a Justiça do Trabalho, um valor intermediário, de 7,5%. Segundo Leonildo Bittencourt Canabrava, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, outros itens em discussão são um novo plano de cargos e salários e participação nos lucros, além de reajuste no valor do vale-refeição dos atuais 18 reais para 21,50 reais diários. O sindicato representa 1 700 funcionários.
Segundo ele, os grevistas não participaram da confusão de manhã, próximo à estação Itaquera, na Zona Leste, quando a polícia teve de usar gás de pimenta e balas de borracha para dispersar manifestantes que fecharam a Radial Leste. O sindicalista também afirmou que não havia como cumprir a decisão judicial que determinara um percentual mínimo dos trens por razões de segurança. "Não é possivel funcionar com 70% da frota", disse. "Quando um trem quebra, em condições normais, já tem confusão, tumulto e até apedrejamentos, imagine durante uma greve". Segundo ele, o sindicato não foi notificado.
Congestionamento - O trânsito ficou caótico pela manhã devido ao aumento da circulação de carros e ônibus. O rodízio de veículos com placas de final 5 e 6 foi suspenso. Já a SPTrans acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus entre as estações afetadas. Os pontos, porém, ficaram lotados.
O congestionamento foi aumentando ao longo da manhã. Às 7h50, já havia 150 quilômetros de lentidão nas vias monitoradas pela CET. Às 9 horas, o congestionamento era de 210 quilômetros – 105 quilômetros só na Zona Sul. Menos de meia hora depois, subiu para 221 quilômetros – 108 só na Zona Sul. Os índices bateram, logo cedo, o recorde de congestionamento registrado pela CET este ano no período da manhã, que foi de 168 quilômetros de lentidão em 27 de abril. Às 9h42, o congestionamento chegou a 229 quilômetros, batendo o recorde do ano em qualquer período, que era de 222 quilômetros. Às 10 horas, a lentidão chegou a 249 quilômetros.
Protesto - Houve tumulto logo cedo em Itaquera, na Zona Leste. Usuários do metrô que não conseguiram embarcar realizaram um protesto, bloqueando a Radial Leste. A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada. Segundo informações da CBN, uma pessoa foi detida por desacato nas proximidades da estação Itaquera. Os manifestantes chegaram a parar um ônibus e fizeram com que os passageiros descessem.
Por Veja