PIB do BC cai de novo e aponta baixo crescimento
O crescimento abaixo do esperado no primeiro trimestre, apontado pelo
Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que avançou só
0,15% na comparação com o último trimestre de 2011, reforçou as
previsões dos economistas de que a expansão do Produto Interno Bruto
(PIB) de 2012 será igual ou até menor que os 2,7% do ano passado.
Antes mesmo de saírem os dados do BC, boa parte do mercado já havia revisado para baixo as projeções de crescimento para o ano. Nesta semana, a MB Associados, por exemplo, cortou de 3% para 2,5% a previsão do PIB para o ano, diante da percepção de piora da crise na zona do euro.
"É inevitável trabalharmos com um nível de atividade enfraquecido neste ano, dado o cenário de deterioração contínua na Europa", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB. "Em que pese o esforço do BC para tentar reativar a economia via política monetária, o peso da conjuntura externa deverá ser maior e fazer com que o PIB cresça menos este ano que ano passado."
Para o economista José Júlio Senna, ex-diretor do BC e hoje sócio da MCM Consultores Associados, se o que está por trás do fraco desempenho da economia brasileira até agora for uma questão de ciclos de política monetária, é bem provável que haja uma reversão de tendência a partir do segundo semestre.
"Ficamos um ano e meio numa fase de aperto, em que o juro básico (Selic) correu acima do que a maior parte dos analistas consideraria o nível neutro da economia, e agora já estamos há quatro ou cinco meses numa fase de frouxidão que vai impulsionar a economia no segundo semestre", explica o economista.
Mesmo assim, há uma semana, a MCM reduziu de 3,2% para 2,7% a previsão de crescimento do PIB. Para isso, no entanto, a economia terá de crescer a um ritmo anualizado de quase 6% nos dois últimos trimestres. "Existe a possibilidade de essa recuperação não se materializar, se o ambiente internacional piorar ainda mais", diz Senna.
Teto de 2,5%. Nas avaliação de Sérgio Vale, da MB, se alguma solução minimamente adequada sair das eleições gregas de junho, poderia haver uma mudança de patamar nas expectativas, que levaria a economia a voltar a crescer no segundo semestre. "Isso é algo cada vez mais improvável de acontecer", frisa. "Daí consideramos que, infelizmente, 2,5% pode ser considerado um teto de crescimento este ano." Num cenário de ruptura, em que a Grécia saísse da zona do euro, o Brasil entraria em recessão, com o PIB caindo até 1% este ano.
A LCA Consultores, por sua vez, reduziu de 3% para 2,6% a previsão de crescimento neste ano, após a divulgação do fraco resultado da indústria, que teve queda de 3% no trimestre. "O risco de o crescimento ser ainda menor este ano está subindo rapidamente", observa o economista Homero Guizzo, da LCA.
A Rosenberg & Associados já fala em crescimento de 2,7%, abaixo dos 3% com que trabalhava até ontem. "O governo deve tomar algumas medidas, mas pode ser um pouco tarde", diz o economista José Augusto Savasini, sócio da consultoria.
Antes mesmo de saírem os dados do BC, boa parte do mercado já havia revisado para baixo as projeções de crescimento para o ano. Nesta semana, a MB Associados, por exemplo, cortou de 3% para 2,5% a previsão do PIB para o ano, diante da percepção de piora da crise na zona do euro.
"É inevitável trabalharmos com um nível de atividade enfraquecido neste ano, dado o cenário de deterioração contínua na Europa", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB. "Em que pese o esforço do BC para tentar reativar a economia via política monetária, o peso da conjuntura externa deverá ser maior e fazer com que o PIB cresça menos este ano que ano passado."
Para o economista José Júlio Senna, ex-diretor do BC e hoje sócio da MCM Consultores Associados, se o que está por trás do fraco desempenho da economia brasileira até agora for uma questão de ciclos de política monetária, é bem provável que haja uma reversão de tendência a partir do segundo semestre.
"Ficamos um ano e meio numa fase de aperto, em que o juro básico (Selic) correu acima do que a maior parte dos analistas consideraria o nível neutro da economia, e agora já estamos há quatro ou cinco meses numa fase de frouxidão que vai impulsionar a economia no segundo semestre", explica o economista.
Mesmo assim, há uma semana, a MCM reduziu de 3,2% para 2,7% a previsão de crescimento do PIB. Para isso, no entanto, a economia terá de crescer a um ritmo anualizado de quase 6% nos dois últimos trimestres. "Existe a possibilidade de essa recuperação não se materializar, se o ambiente internacional piorar ainda mais", diz Senna.
Teto de 2,5%. Nas avaliação de Sérgio Vale, da MB, se alguma solução minimamente adequada sair das eleições gregas de junho, poderia haver uma mudança de patamar nas expectativas, que levaria a economia a voltar a crescer no segundo semestre. "Isso é algo cada vez mais improvável de acontecer", frisa. "Daí consideramos que, infelizmente, 2,5% pode ser considerado um teto de crescimento este ano." Num cenário de ruptura, em que a Grécia saísse da zona do euro, o Brasil entraria em recessão, com o PIB caindo até 1% este ano.
A LCA Consultores, por sua vez, reduziu de 3% para 2,6% a previsão de crescimento neste ano, após a divulgação do fraco resultado da indústria, que teve queda de 3% no trimestre. "O risco de o crescimento ser ainda menor este ano está subindo rapidamente", observa o economista Homero Guizzo, da LCA.
A Rosenberg & Associados já fala em crescimento de 2,7%, abaixo dos 3% com que trabalhava até ontem. "O governo deve tomar algumas medidas, mas pode ser um pouco tarde", diz o economista José Augusto Savasini, sócio da consultoria.
Por Estadão