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Aterro de Gramacho é oficialmente fechado no Rio

O aterro de Gramacho, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu às 11h deste domingo o último caminhão carregado de lixo, encerrando, assim, as atividades na área.
De carona em um trator, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, despejaram terra sobre a remessa final de lixo.
Em seguida, uma placa foi instalada no portão de entrada com o aviso: "Aterro Metropolitano de Gramacho fechado. Proibido jogar lixo neste local".
Além de autoridades dos governos municipal, estadual e federal, a cerimônia contou com a presença de catadores de lixo, que chegaram a fazer um abraço simbólico em parte do aterro.
Emocionada, Roberta Alves, 35, presidente da Associação Carioca de Catadores e Ex-Catadores de Gramacho enterrou a roupa que usava para trabalhar no solo do aterro.
A desativação do lixão estava prevista para sexta-feira passada, mas foi adiada para hoje. De acordo com a prefeitura, o fechamento do depósito foi prorrogado porque a quantidade de lixo despejada no aterro é menor no final de semana.

AMBIENTE
 
O Ministério Público do Rio estuda ajuizar uma ação para obrigar os órgãos públicos de limpeza e meio ambiente do Estado e do município a fornecer informações sobre a contaminação ambiental gerada pelo lixão de Gramacho. De acordo com o promotor do Meio Ambiente Marcus Leal serão solicitadas informações e um estudo que apresente "de forma satisfatória" a contaminação no local.
Durante 34 anos, a Prefeitura do Rio e de outros oito municípios da região metropolitana depositaram 70 milhões de toneladas de todos os tipos de resíduos no local sem qualquer cuidado ou proteção ambiental.
O lixão está localizado sobre um mangue às margens da baía de Guanabara e na confluência dos rios Sarapuí e Iguaçu. Ao redor dele, existem ao menos 42 lixões clandestinos que contaminaram o solo e lençol freático com metais como chumbo.

Por Folha