Islamita é o primeiro presidente eleito após queda de Mubarak no Egito
O candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, foi declarado
neste domingo o vencedor da eleição presidencial no Egito, após semanas
de tensão no país. Tanto Morsi quanto seu rival, o ex-premiê Ahmed
Shafiq, reivindicavam vitória no pleito que foi realizado na semana passada.
Segundo a autoridade eleitoral - que atrasou em quase duas horas a divulgação dos resultados - Morsi recebeu 51,73% dos votos. O anúncio deu início a uma grande festa da multidão que se reúne na Praça Tahrir, no centro do Cairo.
“Eu me comprometo a ser um presidente que serve a seu povo e trabalha para ele”, disse Morsi em sua página na internet. “Eu não trairei Deus ao defender seus direitos e os direitos desta nação”.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito, Morsi clamou por unidade e disse carregar “uma mensagem de paz” ao mundo. No discurso, transmitido pela TV estatal egípcia, o novo mandatário prometeu honrar acordos internacionais, em uma mensagem ao tratado de paz com Israel.
"Não permitiremos qualquer interferência em nossos assuntos internos, protegendo nossa soberania nacional, e não apoiaremos interferências em outros países. O Egito tem a capacidade de se defender sozinho", indicou.
Ele homenageou os cerca de 900 manifestantes que foram mortos durante a onda de protestos no ano passado, dizendo que sem “o sangue de mártires” ele não chegaria à presidência. "Não estaria aqui agora, como primeiro presidente eleito por livre vontade pelos egípcios, sem a graça de Deus e o sangue dos mártires", disse. "Obrigado aos mártires, às almas dos mártires, às mães dos mártires, aos pais dos mártires", acrescentou o presidente.
Na fala não combativa, Morsi não fez quaisquer menções às mudanças feitas pela junta militar que garantem aos militares poderes de legislar e tomar decisões relativas ao Orçamento.
A vitória de Morsi o torna o primeiro presidente do Egito após a queda de Hosni Mubarak, ocorrida em fevereiro de 2011, e leva a Irmandade Muçulmana à Presidência pela primeira vez em seus 84 anos de história, a maioria deles na ilegalidade
Há dias, milhares de pessoas mantêm uma vigília contra o anúncio feito pelo poderoso Conselho Supremo das Forças Armadas de que pretende restringir alguns dos poderes do presidente. No dia 13 de junho, o atual governo, que ainda é controlado pelo Exército, deu aos soldados o poder de prender civis em tribunais militares até a ratificação da nova constituição egípcia.
Quatro dias depois, os generais anunciaram poder de veto no processo de elaboração da nova constituição. Na segunda-feira, o diretor do Conselho Supremo das Forças Armadas, Hussein Tantawi, anunciou que vai restabelecer o Conselho Nacional de Segurança do país.
Indefinição
Nos últimos dias, havia um clima no país de indefinição, sem nenhum sinal sobre o que seria decidido nas urnas. O Parlamento egípcio, que foi escolhido em eleições livres em novembro , foi dissolvido.
A Irmandade Muçulmana, que possuía a maioria, protestou contra a decisão. Para piorar o clima de tensão política no país, a comissão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados. Inicialmente, o vencedor seria declarado na quinta-feira, mas a comissão - que é formada por cinco juízes - disse precisar de mais tempo para investigar todos os recursos feitos pelos candidatos.
Segundo a autoridade eleitoral - que atrasou em quase duas horas a divulgação dos resultados - Morsi recebeu 51,73% dos votos. O anúncio deu início a uma grande festa da multidão que se reúne na Praça Tahrir, no centro do Cairo.
“Eu me comprometo a ser um presidente que serve a seu povo e trabalha para ele”, disse Morsi em sua página na internet. “Eu não trairei Deus ao defender seus direitos e os direitos desta nação”.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito, Morsi clamou por unidade e disse carregar “uma mensagem de paz” ao mundo. No discurso, transmitido pela TV estatal egípcia, o novo mandatário prometeu honrar acordos internacionais, em uma mensagem ao tratado de paz com Israel.
"Não permitiremos qualquer interferência em nossos assuntos internos, protegendo nossa soberania nacional, e não apoiaremos interferências em outros países. O Egito tem a capacidade de se defender sozinho", indicou.
Ele homenageou os cerca de 900 manifestantes que foram mortos durante a onda de protestos no ano passado, dizendo que sem “o sangue de mártires” ele não chegaria à presidência. "Não estaria aqui agora, como primeiro presidente eleito por livre vontade pelos egípcios, sem a graça de Deus e o sangue dos mártires", disse. "Obrigado aos mártires, às almas dos mártires, às mães dos mártires, aos pais dos mártires", acrescentou o presidente.
Na fala não combativa, Morsi não fez quaisquer menções às mudanças feitas pela junta militar que garantem aos militares poderes de legislar e tomar decisões relativas ao Orçamento.
A vitória de Morsi o torna o primeiro presidente do Egito após a queda de Hosni Mubarak, ocorrida em fevereiro de 2011, e leva a Irmandade Muçulmana à Presidência pela primeira vez em seus 84 anos de história, a maioria deles na ilegalidade
Há dias, milhares de pessoas mantêm uma vigília contra o anúncio feito pelo poderoso Conselho Supremo das Forças Armadas de que pretende restringir alguns dos poderes do presidente. No dia 13 de junho, o atual governo, que ainda é controlado pelo Exército, deu aos soldados o poder de prender civis em tribunais militares até a ratificação da nova constituição egípcia.
Quatro dias depois, os generais anunciaram poder de veto no processo de elaboração da nova constituição. Na segunda-feira, o diretor do Conselho Supremo das Forças Armadas, Hussein Tantawi, anunciou que vai restabelecer o Conselho Nacional de Segurança do país.
Indefinição
Nos últimos dias, havia um clima no país de indefinição, sem nenhum sinal sobre o que seria decidido nas urnas. O Parlamento egípcio, que foi escolhido em eleições livres em novembro , foi dissolvido.
A Irmandade Muçulmana, que possuía a maioria, protestou contra a decisão. Para piorar o clima de tensão política no país, a comissão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados. Inicialmente, o vencedor seria declarado na quinta-feira, mas a comissão - que é formada por cinco juízes - disse precisar de mais tempo para investigar todos os recursos feitos pelos candidatos.
Por iG