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Novo presidente do Egito manda Parlamento desfeito voltar ao trabalho

O presidente do Egito, Mohammed Mursi, que assumiu em junho deste ano, determinou neste domingo (8) o restabelecimento das sessões e prerrogativas do Parlamento previamente dissolvido pela Junta Militar, informou a agência de notícias estatal "Mena".
Mursi emitiu um decreto pelo qual retira a resolução ditada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, que dissolveu o Parlamento no dia 15 de junho passado.
Além disso, o presidente egípcio anunciou a realização de eleições nos 60 dias posteriores à aprovação da nova Constituição por parte do Parlamento.
A Junta Militar tinha dissolvido o Parlamento controlado pelo Partido Liberdade e Justiça, ligado ao movimento da Irmandade Muçulmana, após a Corte Suprema Constitucional anular as últimas eleições legislativas, realizadas em 14 de junho, por considerar que houve irregularidades.
Como consequência, a cúpula militar anunciou então que assumiria o Poder Legislativo até a constituição de um novo Parlamento, decisão criticada pela Irmandade Muçulmana - movimento ao qual Mursi pertence.
No dia 30 de junho deste ano, o islamita Mursi jurou o cargo de presidente do Egito ante o Tribunal Constitucional após vencer as eleições presidenciais, e assumiu o poder que a Junta Militar tinha exercido de maneira provisória desde a renúncia do ex-ditador Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

Por Época