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Para Dilma, uma grande nação não se mede pelo PIB

Nesta quinta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff respondeu às críticas sobre o baixo crescimento econômico do país e disse que uma grande nação não se mede pelo Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas que produz.
Ao participar da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Dilma afirmou que “uma grande nação tem que ser medida por aquilo que faz a suas crianças e adolescentes. Não é o Produto Interno Bruto, é a capacidade do país, do governo e da sociedade de proteger o que é o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e adolescentes”.
O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 4% do PIB neste ano. Em junho, o Banco Central reduziu a estimativa de 3,5% para 2,5%.
Para tentar reanimar a economia, que não tem respondido aos estímulos de consumo feitos pelo governo, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu, nesta quarta-feira (11), a taxa básica de juros (Selic), que já era a mais baixa da história. A partir desta quinta, ela passa de 8,5% para 8% ao ano, valendo pelos próximos 45 dias.
Analistas financeiros esperavam redução ainda maior, para 7,75%, por entenderem que o cenário atual, de inflação em queda e atividade econômica fraca, cria condições favoráveis para o BC afrouxar, tanto quanto possível, a política monetária.
Em junho, o governo anunciou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Equipamentos, que deve investir R$ 8,43 bilhões em equipamentos, como caminhões, retroescavadeiras e trens urbanos, para estimular a economia. Outra medida tomada foi a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os setores de linha branca e móveis por mais três meses.

Infância

Durante a conferência desta quinta, Dilma disse que o governo vai aumentar o número de escolas em tempo integral no país. Segundo ela, a meta é ampliar dos atuais 33 mil para 60 mil o número de colégios de ensino médio e fundamental que oferecem atividades em turno complementar até o final de 2014. “Vamos disputar a economia moderna, a economia do conhecimento, aquela que agrega valor. Esse país vai ser desenvolvido quando as crianças e jovens tiverem acesso à educação de qualidade”, disse.
Ela defendeu ainda a candidatura de Wanderlino Nogueira Neto ao Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU). “Com certeza ele dará contribuições ao defender as crianças e adolescentes nas Nações Unidas”, disse.
Em março, o nome do procurador de Justiça aposentado do Ministério Público da Bahia, Wanderlino Nogueira, ativista pelos direitos humanos de crianças e adolescentes, foi oficialmente apresentado pelo Brasil para concorrer à vaga no comitê. A decisão sobre os novos integrantes do órgão será tomada no fim deste ano.
A tarefa principal do comitê da ONU é acompanhar a execução das normas da Convenção dos Direitos da Criança, assinada por mais de 190 países, inclusive o Brasil.

Por Época