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TIM define novo presidente no Brasil

O executivo Andrea Mangoni será o novo presidente da TIM no Brasil.
Vice-presidente financeiro da Telecom Italia, ele ocupava o cargo de diretor-presidente da companhia brasileira desde maio, quando Luca Luciani, então presidente-executivo da TIM Participações, renunciou a todos os cargos exercidos por ele nas empresas do grupo.
Luciani é alvo de investigação de autoridades italianas envolvendo chips de telefonia móvel irregulares, segundo uma fonte próxima ao assunto.
Sob o comando de Luciani, a TIM alcançou, no ano passado, o segundo lugar em telefonia móvel no Brasil, com 26,8% de participação de mercado em março, o que equivale a mais de 67 milhões de linhas, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A investigação, que já dura cinco anos, analisa a ativação supostamente fraudulenta de cerca de 37 mil chips (SIM cards). Alguns destes chips foram ativados para usuários falecidos ou ficcionais, segundo investigadores à época.

ANATEL

O anúncio do novo presidente ocorre em um momento delicado para a TIM. A empresa foi proibida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de vender novos chips de telefonia celular (dados e voz) em 19 Estados do país a partir de segunda-feira (23).
Claro e Oi também foram sofreram a penalidade, sendo obrigadas a suspender as vendas em outros três e cinco Estados, respectivamente.
A Anatel tomou a decisão após avaliar dados das três empresas pelos últimos seis meses. Um dos maiores problemas é que as chamadas são interrompidas no meio do telefonema.
A medida vale até que as empresas que apresentem soluções para melhoria dos serviços, em um prazo de 30 dias.
"Novas vendas só serão permitidas após análise e aprovação, pela Anatel, do Plano apresentado", informou a agência. A Claro apresentou hoje seu plano, mas ainda depende de análise da Anatel para poder retomar as vendas.

Por Folha