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Em carta, C13 diz que Corinthians ainda pertence à instituição

Em carta enviada para Andres Sanchez, o Clube dos 13 informa que o Corinthians ainda está vinculado à entidade.
Segundo texto assinado pelo presidente do C13, Fábio Koff, o time paulista estará desligado oficialmente 60 dias após a notificação. Isto significa que apenas a partir de 24 de abril de 2011 "conforme previsto no Estatuto vigente".
"Caso deseje ratificar a cessação da sua condição de associado a partir de 24.04.2011, deverá apresentar cópia do vigente Estatuto" do Corinthians, diz a nota.
"Por fim (...), informamos que 'a cessão da qualidade de associado não o exime do dever de quitar compromissos anteriormente assumidos', em especial àqueles relacionados aos empréstimos e garantias prestadas por esta Associação" em favor do Corinthians, finaliza a carta.
Na quarta-feira, Sanchez, presidente do Corinthians, disse que o clube estava de desfiliando do C13. Nesta quinta-feira, o dirigente afirmou que "a partir de amanhã" já iria abrir oficialmente as conversas (leia-se leilão) com as redes de TV. 


O CASO
 
O Clube dos 13 rachou e corre sério risco de ser extinto. A entidade, que congregava os 20 maiores clubes do país e que tinha como função negociar os contratos de TV do Campeonato Brasileiro, sofreu várias deserções.
A debandada dos primeiros clubes junto à entidade se deu no mesmo dia em que o C13 preparou o edital que nortearia a negociação do próximo contrato de transmissão do Brasileiro, no triênio 2012-2014.
O Campeonato Brasileiro deste ano não muda: será transmitido por Globo, Band e Sportv. Para o ano que vem, os dissidentes acenam com a criação de uma liga, sem os clubes do C13.
A ideia tem a simpatia da CBF, que desde o ano passado é inimiga do Clube dos 13, mas ainda é embrionária.
Os descontentes --Corinthians e clubes cariocas à frente-- argumentam que podem conseguir mais dinheiro se negociarem isoladamente. A entidade rebate que, em grupo, vai arrecadar mais.
De acordo com o atual contrato, que termina neste ano, a Globo paga cerca de R$ 400 milhões por ano para o C13. O contrato inclui TV aberta, TV paga, internet, pay-per-view e placas de publicidade.
A associação anunciou ontem que, com o novo modelo de concorrência, espera arrecadar no mínimo R$ 1,3 bilhão por temporada. 

Por Folha