|

Cesta básica do paraense volta a aumentar

De acordo com a pesquisa divulgada, nesta quarta-feira (3), pelo Dieese-PA (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em fevereiro deste ano, a alimentação básica dos paraenses voltou a crescer. Composta por 12 ítens fundamentais, ela custa hoje R$ 228,94, um crescimento de 0,17% em relação ao mês de janeiro deste ano, quando custava R$ 228,55.
Conforme o Balanço Nacional da Cesta Básica, efetuado pelo Dieese-PA no mês de fevereiro/2011, das 17 capitais pesquisadas, a maioria apresentou recuo no preço.
O balanço efetuado sobre as flutuações de preços dos produtos da cesta básica paraense em Belém, mostra que mesmo com crescimento no valor da cesta verificado no mês de fevereiro, a maioria dos produtos que compõem a mesma, apresentaram quedas de preços.
Em fevereiro a queda dos preços ocorreram nos seguintes produtos: feijão (13,58%); Banana (3,83%); farinha de mandioca (3,28%); café (2,46%) e a carne bovina (2,01%). Ainda com base na pesquisa, alguns produtos da cesta continuaram aumentando, são eles: tomate (14,81%); óleo de cozinha (4,14%); manteiga (2,65%) e o açúcar (0,35%).
No mês de fevereiro, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 686,82, seria preciso ter pouco mais de um salário mínimo para garantir as necessidades mínimas da alimentação do trabalhador e sua família.
Ainda com base na pesquisa da cesta básica, do mês de fevereiro, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense compromete 46,08% do salário mínimo, este teve que trabalhar 93 horas e 16 minutos das 220 horas previstas em Lei.

Janeiro e Fevereiro (2011) - De acordo com o Dieese-PA, sobre a trajetória do preço da alimentação básica dos paraenses nestes dois primeiros meses de 2011 mostra um reajuste de preço acumulado de 1,26%.
Mesmo com a média de reajuste baixa no custo da cesta básica para os dois primeiros meses, alguns produtos tiveram aumentos bem superiores a esta média. Os mais expressivos foram: tomate (38,39%); açúcar (5,49%); óleo de cozinha (4,86%); manteiga (3,07%) e o arroz (0,67%).
Também no mesmo período, alguns produtos da cesta apresentaram recuo de preços: feijão (28,47%); banana (3,56%); carne bovina (2,64%); farinha de mandioca (2,46%) e o café (1,37%).

Últimos 12 meses - De fevereiro de 2010 até fevereiro deste ano houve um aumento acumulado no preço da cesta Básica de 11,72%.  A inflação estimada para o mesmo período está girando em torno de 6,00%.
No período analisado, a grande maioria dos produtos que compõem a cesta básica dos paraenses apresentaram altas de preços. Os destaques foram: carne bovina (25,55%); tomate (14,39%); açúcar 14,29%); leite (13,37%); farinha (13,06%); óleo de cozinha (11,44%); banana (8,31%); pão (3,91%); manteiga (2,49%) e o arroz (1,35%). Também no mesmo período, somente o feijão apresentou queda de preço com redução de 0,56%.
A pesquisa mostra ainda que, com base no maior custo apurado para a cesta básica nacional e levando em consideração o preceito constitucional, que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, neste sentido o Dieese-PA estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. 
No mês de fevereiro/2011, o salário mínimo oficial foi de R$ 540,00; mas o salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais para uma família, deveria ter sido de R$ 2.194,18 este valor representa cerca de 04 vezes maior que o antigo salário mínimo de R$ 540,00. O valor do salário mínimo necessário é calculado de acordo com a determinação da Lei que estabeleceu os valores da cesta básica nacional e também com base nos preceitos constitucionais que norteiam o salário mínimo.

Por Portal ORM