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PIB cresce e Brasil vira 7ª economia do mundo

RIO - O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 7,5% em 2010, a maior taxa desde 1985, o que levou a economia do país à posição de sétima maior do mundo.
Medida em dólares, a economia brasileira ultrapassou a italiana e passou da oitava para a sétima posição. Em paridade do poder de compra --que reflete melhor o custo de vida dos países--, o Brasil saltou da nona posição também para a sétima, de acordo com o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Em valores correntes, o PIB alcançou US$ 2,09 trilhões em 2010. Entre as grandes nações ricas e emergentes, a expansão brasileira só perdeu para as registradas por China e Índia no ano passado.
Segundo Mantega, esse crescimento não sinaliza um superaquecimento da economia. Para ele, os dados mostram que já há um desaquecimento no último trimestre.
Parte do crescimento de 2010 se deveu à fraca base de comparação de 2009, quando o PIB, atingido pela crise financeira, caiu 0,6%. Difícil será expandir a economia neste ano sobre o elevado crescimento do ano passado e num cenário de aperto das políticas monetária e fiscal.
Diante disso, consultorias revisaram suas projeções. A LCA estima um PIB de 3,6% e a Tendências prevê 3,9%. As expectativas no mercado indicavam alta de 4,5%. Se confirmadas as projeções, o resultado de 2011 ficará abaixo do crescimento médio do PIB nos oito anos do governo Lula: 4%. No governo FHC, a taxa média ficou em 2,3%. 

Consumo
 
Em 2010, o terreno foi propício para o consumo graças ao crédito farto e barato, à renda em expansão e ao emprego crescente. O resultado foi uma expansão de 7% da demanda das famílias.
Foi a sétima alta anual consecutiva e a mais expressiva da nova série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
Se o consumo foi o principal pilar do PIB em 2010, está também no topo das preocupações do governo desde o fim do ano passado. O motivo é o seu potencial para alimentar ainda mais a inflação, já em ritmo crescente.

Por Folha