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Prédio em complexo residencial de Kadafi é destruído em bombardeio

TRÍPOLI - A força de coalizão retomou nas últimas horas ataques sobre Trípoli, capital da Líbia, e um dos alvos foi o complexo residencial do ditador Muamar Kadafi, no distrito de Bab el Aziziya. Segundo informou a agência de notícias AFP, um prédio administrativo foi parcialmente destruído por um míssil.
A rede de televisão Al Jazeraa também registrou, com imagens transmitidas ao vivo, disparos de artilharia antiaérea procedentes da mesma região na capital líbia. Jornalistas da agência AFP e testemunhas ouvidas pela Reuters comprovaram os disparos e uma forte explosão na capital líbia.
De acordo com o jornal The Guardian, a Real Força Aérea britânica (RAF, na sigla em inglês) está executando os ataques mais recentes contra Kadafi, mas não está claro se seus caças estão atacando Trípoli. Todos estes eventos acontecem depois do novo cessar-fogo anunciado neste domingo pelas forças governamentais líbias.

Balanço da ofensiva
 
Em entrevista nos EUA, o porta-voz do Pentágono, almirante Bill Gortney, disse que os ataques dos últimos dois dias foram bastante efetivos, mas negou que a residência de Kadafi seja um alvo da coalizão.
No meio da tarde, baterias antiaéreas também foram ouvidas em Trípoli. Logo depois, um porta-voz do governo líbio declarou um 'cessar-fogo imediato' que entraria em vigor às 16h (horário de Brasília).
"As Forças Armadas emitiram uma ordem para todas as unidades militares respeitar um cessar-fogo imediato a partir das 21h (16h em Brasília)", disse o porta-voz Ibrahim Moussa.
O comunicado foi acompanhado do pedido às tribos do país para ir de Trípoli a Benghazi para negociações de reconciliação, segundo o The Guardian. O Pentágono, no entanto, minimizou o cessar-fogo. "Questionamos qualquer declaração vinda de Kadafi, inclusive de cessar-fogo", disse o almirante Gortney.
Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar no país, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.

Por Estadão