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Rebeldes acusam Kadafi de quebrar cessar-fogo na Líbia e se preparam para possível ofensiva

Depois de denunciar que as tropas do governo líbio não estão cumprindo com o acordo de cessa-fogo, os rebeldes convocaram suas forças para proteger Bengasi, no leste da Líbia. O objetivo é bloquear o avanço das tropas do ditador Muamar Kadafi na cidade de Al Malgrun, situada a cerca de 50 km ao sul de Bengasi.
Os insurgentes mantêm a duras batalhas o controle de algumas cidades a leste e oeste do país desde que as revoluções no Egito e na Tunísia estimularam a revolta líbia, no início deste ano. Na última quinta, quando pareciam estar prestes a sucumbir perante o poderio militar superior do ditador, a Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou interferência militar na Líbia.

Chamado - "Apelamos aos soldados e aos oficiais para que peguem as armas e sigam a Al Malgrun para defender o acesso a Bengasi e bloquear as forças de Kadafi. Pedimos que se mobilizem muito rapidamente", destacou um comunicado dos rebeldes. Veículos transportando centenas de jovens rebeldes armados, seguiam para Al Magrun nesta sexta-feira. Enquanto isso, em Ajdabiya, a 160 quilômetros de Bengasi, havia um forte bombardeio, segundo informações da emissora Al Jazira.
O governo, contudo, nega que esteja violando o cessar-fogo. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Líbia, Khaled Kaim, os soldados que se dirigem à região são apenas para assegurar a segurança dos civis. "As forças armadas estão no momento fora da cidade de Bengasi e não têm a intenção de entrar", disse Kaaim em entrevista coletiva. "O cessar-fogo que decretamos significa que não haverá qualquer operação militar, grande ou pequena", afirmou Kaaim.

Pressão internacional -  França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e países árabes exigiram na sexta que Kadafi impeça o avanço de suas tropas a Bengasi e volte a fornecer água e energia elétrica às cidades que tiveram o fornecimento interrompido. Em comunicado divulgado pelo gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em nome das partes envolvidas, os países também disseram que as forças líbias deverão se retirar de outras três cidades: Misrata, Zawiyah e Ajdabiya.

Por Veja