Conselho de Segurança da ONU condena ataque no Afeganistão
O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta sexta-feira a ação contra um escritório da organização na cidade afegã de Mazar-i-Sharif, que matou ao menos sete funcionários, além de cinco dos manifestantes que invadiram o local.
"Os membros do Conselho de Segurança condenam com veemência o violento ataque contra o centro de operações", disse aos jornalistas o embaixador da Colômbia na ONU, Nestor Osorio, que é o presidente durante este mês. Segundo ele, o conselho pede ainda que o governo afegão "leve os responsáveis pelo atentado à Justiça".
Após o ataque --no qual manifestantes revoltados com a queima do Corão pelo pastor protestante de uma igreja da Flórida (EUA) invadiram o escritório-- o CS realizou uma reunião de emergência.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse a jornalistas em Nairóbi (Quênia) que o ataque foi "ultrajante e covarde". A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, afirmou em um comunicado que a ação foi "horrenda e sem sentido".
Anteriormente, a ONU confirmou as mortes de sete funcionários estrangeiros-- entre membros e agentes da segurança-- após o ataque. "Três membros da Missão de Assistência da ONU no Afeganistão [Unama, na sigla em inglês] e quatro seguranças morreram", disse Dan McNorton, porta-voz da ONU no Afeganistão.
De acordo com o porta-voz da polícia local Lal Mohammad Ahmadzai, o ataque pode ter matado até 20 funcionários. Representantes da ONU em Nova York também dizem acreditar que os mortos podem chegar a 20. De acordo com a agência de notícias Reuters, ao menos dois funcionários foram decapitados. Cinco manifestantes também morreram, e outros 20 ficaram feridos.
Se as 20 mortes forem confirmadas, será o pior ataque contra alvos da ONU no Afeganistão, e um dos mais mortíferos contra a organização nos últimos anos. O pior ataque mais recente havia sido contra uma hospedaria onde membros da ONU estavam no Afeganistão. Na ocasião, cinco funcionários morreram e outros nove se feriram.
PROTESTOS
Um porta-voz policial local disse que as mortes aconteceram depois que uma manifestação contra a queima de exemplares do Corão por um pregador norte-americano terminou em violência.
Após a oração da sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas da cidade, a mais importante do norte afegão, em protesto contra a queima de um Corão em uma igreja da Flórida (EUA) em 20 de março.
Os manifestantes lotaram as ruas da normalmente pacata cidade, e após duas ou três horas de protesto, a violência começou. Um pequeno grupo atacou o escritório da ONU, atirando pedras e escalando barreiras para tentar invadir o local.
Uma fonte policial, que recusou-se a ser identificada porque não tem autorização para falar com a imprensa, disse que os manifestantes atacaram as vítimas dentro do complexo da ONU.
O chefe da missão na cidade ficou ferido, mas sobreviveu. Entre os mortos estão funcionários noruegueses, romenos e suecos, acrescentou o policial.
O governador da Província de Balkh disse que insurgentes usaram a manifestação como "disfarce" para efetuar o ataque. "Eles se aproveitaram da situação para atacar o prédio da ONU", disse Ata Mohammad Noor.
O Ministério de Relações Exteriores do Brasil afirmou à Folha.com que não há brasileiros nesta missão da ONU.
CORÃO
Em 20 de março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do Corão em uma igreja da Flórida (EUA) na presença do pastor Terry Jones, que anunciou no ano passado que faria o mesmo por ocasião do aniversário dos atentados de 11 de setembro, embora tenha voltado atrás.
Os pastores realizaram um "julgamento" dentro da igreja, no qual o livro sagrado muçulmano foi declarado "culpado" de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado.
"Os membros do Conselho de Segurança condenam com veemência o violento ataque contra o centro de operações", disse aos jornalistas o embaixador da Colômbia na ONU, Nestor Osorio, que é o presidente durante este mês. Segundo ele, o conselho pede ainda que o governo afegão "leve os responsáveis pelo atentado à Justiça".
Após o ataque --no qual manifestantes revoltados com a queima do Corão pelo pastor protestante de uma igreja da Flórida (EUA) invadiram o escritório-- o CS realizou uma reunião de emergência.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse a jornalistas em Nairóbi (Quênia) que o ataque foi "ultrajante e covarde". A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, afirmou em um comunicado que a ação foi "horrenda e sem sentido".
Anteriormente, a ONU confirmou as mortes de sete funcionários estrangeiros-- entre membros e agentes da segurança-- após o ataque. "Três membros da Missão de Assistência da ONU no Afeganistão [Unama, na sigla em inglês] e quatro seguranças morreram", disse Dan McNorton, porta-voz da ONU no Afeganistão.
De acordo com o porta-voz da polícia local Lal Mohammad Ahmadzai, o ataque pode ter matado até 20 funcionários. Representantes da ONU em Nova York também dizem acreditar que os mortos podem chegar a 20. De acordo com a agência de notícias Reuters, ao menos dois funcionários foram decapitados. Cinco manifestantes também morreram, e outros 20 ficaram feridos.
Se as 20 mortes forem confirmadas, será o pior ataque contra alvos da ONU no Afeganistão, e um dos mais mortíferos contra a organização nos últimos anos. O pior ataque mais recente havia sido contra uma hospedaria onde membros da ONU estavam no Afeganistão. Na ocasião, cinco funcionários morreram e outros nove se feriram.
PROTESTOS
Um porta-voz policial local disse que as mortes aconteceram depois que uma manifestação contra a queima de exemplares do Corão por um pregador norte-americano terminou em violência.
Após a oração da sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas da cidade, a mais importante do norte afegão, em protesto contra a queima de um Corão em uma igreja da Flórida (EUA) em 20 de março.
Os manifestantes lotaram as ruas da normalmente pacata cidade, e após duas ou três horas de protesto, a violência começou. Um pequeno grupo atacou o escritório da ONU, atirando pedras e escalando barreiras para tentar invadir o local.
Uma fonte policial, que recusou-se a ser identificada porque não tem autorização para falar com a imprensa, disse que os manifestantes atacaram as vítimas dentro do complexo da ONU.
O chefe da missão na cidade ficou ferido, mas sobreviveu. Entre os mortos estão funcionários noruegueses, romenos e suecos, acrescentou o policial.
O governador da Província de Balkh disse que insurgentes usaram a manifestação como "disfarce" para efetuar o ataque. "Eles se aproveitaram da situação para atacar o prédio da ONU", disse Ata Mohammad Noor.
O Ministério de Relações Exteriores do Brasil afirmou à Folha.com que não há brasileiros nesta missão da ONU.
CORÃO
Em 20 de março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do Corão em uma igreja da Flórida (EUA) na presença do pastor Terry Jones, que anunciou no ano passado que faria o mesmo por ocasião do aniversário dos atentados de 11 de setembro, embora tenha voltado atrás.
Os pastores realizaram um "julgamento" dentro da igreja, no qual o livro sagrado muçulmano foi declarado "culpado" de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado.
Por Folha