Rebeldes líbios culpam Otan por avanço de Gaddafi
BENGHAZI, Líbia (Reuters) - O chefe do Exército rebelde da Líbia criticou a Otan por sua lentidão no comando dos ataques aéreos para proteger civis e disse que a aliança "está deixando o povo de Misrata morrer todos os dias."
Misrata, que está sitiada pelas tropas governamentais, é o único grande centro urbano no oeste da Líbia cuja revolta contra o líder líbio, Muammar Gaddafi, não foi esmagada e, por isso, enfrenta o ataque de tanques e francoatiradores.
A cidade é agora prioridade para os ataques aéreos da Otan, disseram dirigentes da organização, antes das declarações do líder rebelde.
"A Otan nos abençoa de vez em quando com um bombardeio aqui e acolá, e está deixando o povo de Misrata morrer todos os dias", disse o chefe das forças rebeldes, Abdel Fattah Younes, em Benghazi, que fica no leste do país. "A Otan nos desapontou."
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está encarregada desde 31 de março dos ataques aéreos contra a infraestrutura militar de Gaddafi, bem como do policiamento da zona de exclusão aérea e do embargo à venda de armas ao país, atribuições que antes eram de uma coalizão liderada por Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
A Otan está se movimentando com muita lentidão, permitindo às forças de Gaddafi avançar, disse Younes, acrescentando que os rebeldes estavam estudando levar as reclamações ao Conselho de Segurança da ONU, que autorizou essa missão. "A Otan se tornou nosso problema", disse ele.
Em resposta, a Otan afirmou estar se incumbindo de seu mandato.
O impasse na frente de batalha no leste da Líbia, deserções no círculo de poder de Gaddafi e a situação dos civis afetados pelos combates, ou enfrentando escassez de comida e combustível, intensificaram as ações diplomáticas para buscar uma solução para a guerra civil no país, um importante produtor de petróleo do norte da África.
Misrata, que está sitiada pelas tropas governamentais, é o único grande centro urbano no oeste da Líbia cuja revolta contra o líder líbio, Muammar Gaddafi, não foi esmagada e, por isso, enfrenta o ataque de tanques e francoatiradores.
A cidade é agora prioridade para os ataques aéreos da Otan, disseram dirigentes da organização, antes das declarações do líder rebelde.
"A Otan nos abençoa de vez em quando com um bombardeio aqui e acolá, e está deixando o povo de Misrata morrer todos os dias", disse o chefe das forças rebeldes, Abdel Fattah Younes, em Benghazi, que fica no leste do país. "A Otan nos desapontou."
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está encarregada desde 31 de março dos ataques aéreos contra a infraestrutura militar de Gaddafi, bem como do policiamento da zona de exclusão aérea e do embargo à venda de armas ao país, atribuições que antes eram de uma coalizão liderada por Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
A Otan está se movimentando com muita lentidão, permitindo às forças de Gaddafi avançar, disse Younes, acrescentando que os rebeldes estavam estudando levar as reclamações ao Conselho de Segurança da ONU, que autorizou essa missão. "A Otan se tornou nosso problema", disse ele.
Em resposta, a Otan afirmou estar se incumbindo de seu mandato.
O impasse na frente de batalha no leste da Líbia, deserções no círculo de poder de Gaddafi e a situação dos civis afetados pelos combates, ou enfrentando escassez de comida e combustível, intensificaram as ações diplomáticas para buscar uma solução para a guerra civil no país, um importante produtor de petróleo do norte da África.
Os protestos contra o governo, iniciados em 5 de fevereiro, conduziram à guerra civil depois que forças de Gaddafi abriram fogo contra manifestantes. Ele, então, esmagou as revoltas no oeste da Líbia, restando Misrata e o leste do país nas mãos dos rebeldes.
O poder aéreo da Otan está mantendo o equilíbrio na Líbia, impedindo as forças de Gaddafi de sufocar a revolta, mas sem dar condições, por ora, para que os rebeldes consigam uma vitória clara.
"Ou a Otan faz o seu trabalho corretamente ou vamos pedir ao conselho nacional que levante a questão no Conselho de Segurança", afirmou Younes a repórteres. Ele foi ministro do Interior no governo de Gaddafi e desertou.
Questionado sobre os comentários de Younes, o porta-voz da Otan, Oana Lungescu, disse que "os fatos falam por si mesmos. A velocidade das operações desde que a Otan assumiu não diminuiu. Nós realizamos 851 saídas nos últimos seis dias. Nós estamos cumprindo nosso mandato."
O poder aéreo da Otan está mantendo o equilíbrio na Líbia, impedindo as forças de Gaddafi de sufocar a revolta, mas sem dar condições, por ora, para que os rebeldes consigam uma vitória clara.
"Ou a Otan faz o seu trabalho corretamente ou vamos pedir ao conselho nacional que levante a questão no Conselho de Segurança", afirmou Younes a repórteres. Ele foi ministro do Interior no governo de Gaddafi e desertou.
Questionado sobre os comentários de Younes, o porta-voz da Otan, Oana Lungescu, disse que "os fatos falam por si mesmos. A velocidade das operações desde que a Otan assumiu não diminuiu. Nós realizamos 851 saídas nos últimos seis dias. Nós estamos cumprindo nosso mandato."
Por Reuters