Santos vence jogo dramático, mas Neymar, Elano e Zé Eduardo são expulsos
Enfim, o Santos venceu na Taça Libertadores. Foi sofrido, dramático, tumultado. O placar de 3 a 2 sobre o Colo Colo-CHI, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, teve todos os ingredientes de Libertadores, inclusive os ruins. Catimba, briga, expulsões. O problema é que o Peixe se complicou muito. Sofreu três baixas importantíssimas para o jogo contra o Cerro Porteño-PAR, no próximo dia 16, em Assunção. Vai precisar vencer os paraguaios sem Elano, Neymar e Zé Eduardo, expulsos. O craque alvinegro levou o vermelho na comemoração do gol: resolveu festejar com uma máscara feita em sua homenagem. Como já tinha amarelo, foi para o chuveiro mais cedo. Zé Love foi excluído por trocar empurrões com o zagueiro Scotti. Já Elano levou o vermelho quando já estava no banco, por reclamação.
Do seu camarote, Muricy Ramalho assitiu a tudo. O treinador será apresentado nesta quinta-feira e terá de quebrar a cabeça para montar a equipe para o confronto contra os paraguaios, que o Peixe precisa vencer para não depender de outros resultados na última rodada para avançar às oitavas. Com o resultado, o Santos foi a cinco pontos e segue em terceiro lugar no Grupo 5. Os chilenos, em segundo, tem seis. O Cerro, líder, está com oito.
Gols para Muricy festejar
O Santos entrou em campo passando um pouco do ponto. A vitória do Cerro Porteño sobre o Deportivo Táchira, por 2 a 0, fez com que o Peixe entrasse em campo muito pressionado. Afinal, os paraguaios foram a oito pontos, deixando Colo Colo com seis e o Peixe com dois. Um tropeço deixaria os santistas longe demais das oitavas. Por isso, o time entrou em campo com apenas dois. Por isso, nervosismo, a bola queimando nos pés, passes equivocados. Mas o espírito já era diferente. Ao contrário do que aconteceu nos primeiros três jogos, o Peixe jogou Libertadores, enfim. Foi determinado na marcação e procurou abafar o Colo Colo desde o início.
O clima da Vila Belmiro ajudou. A torcida também pareceu entender que o ambiente do Alçapão conta muito. Esgotou os ingressos e empurrou o time desde o minuto inicial. Paulo Henrique Ganso, que foi hostilizado por um grupo de descontentes após a derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, domingo passado, teve seu nome gritado.
- Paulo Henrique é o maestro do Peixão!
Logo aos 11 minutos, metade do estádio soltou o grito de gol. Numa cobrança de falta de Elano, a bola balançou a rede, mas pelo lado de fora. A galera do lado oposto às cabines de imprensa comemorou, com a impressão de que a bola havia entrado. O lance acendeu ainda mais o estádio. Os santistas não deixaram de incentivar nem quando Jorquera, aos 26 minutos, cobrou falta da esquerda e acertou o travessão de Rafael. Foi o único lance de perigo do Colo Colo.
O Peixe continuava tomando conta da partida. Estava difícil entrar tabelando pelo meio da zaga chilena. O jeito era chutar de fora. Afinal, o goleiro Castillo, como sabe bem o torcedor do Botafogo, não é dos mais confiáveis. Danilo arriscou aos 29, mas o goleiro defendeu. Aos 34, não teve jeito. Numa linda cobrança de falta, de pé direito, Elano acertou o ângulo esquerdo de Castillo. Explosão na Vila Belmiro, especialmente no camarote do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. A seu lado, o técnico Muricy Ramalho, que vibrou muito.
Quando Muricy e todos os outros alvinegros ainda pulavam comemorando o belo gol de Elano, Zé Eduardo recebeu pela meia esquerda e acertou um ótimo passe para Danilo, que entrava por trás. O volante driblou o goleiro e tocou para o gol. A bola ainda desviou na zaga e entrou.
Aliviados, os jogadores alvinegros passaram a tocar a bola com mais calma, envolvendo o Colo Colo, que começou a sair mais, sem, no entanto, ameaçar o gol alvinegro.
Chapéu, máscara e expulsão
Os 12 primeiros minutos do segundo tempo viraram o jogo de ponta cabeça. Aos seis minutos, Neymar vez um gol antológico. Ele se antecipou a Cabión, passaou por Scotti, aplicou um chapéu em Cabrera e toca por cima de Castillo. Na comemoração, colocou uma das máscaras do seu rosto que foram distribuídas por um dos seus patrocinadores. O árbitro uruguaio Roberto Silvera não gostou da brincadeira e lhe deu o cartão amarelo. Como já tinha um, por falta em Jorquera no primeiro tempo, foi expulso.
Esse lance fez o clima esquentar muito dentro de campo. Em seguida, Zé Eduardo e Scotti trocaram empurrões e foram expulsos. Trocando em miúdos: o Peixe terá um jogo decisivo contra o Cerro Porteño, no dia 16, em Assunção, e não poderá contar com sua maior estrela, Neymar, e com seu principal centroavante: Zé Eduardo. Complicou. Como Paulo Henrique Ganso, que já tinha amarelo, também estava nervoso, o interino Marcelo Martelotte o tirou do campo, para a entrada de Alex Sandro
Mas a escalação para a semana que vem era um problema para Muricy Ramalho resolver depois. Ainda havia jogo. Com nove atletas em campo, o Peixe tratou de se acalmar. Passou a tocar a bola, marcando forte e tentando achar algum contra-ataque.
O Colo Colo, com um jogador a mais em campo, martelou até diminuir, aos 36. Jerez recebeu às costas de Pará, pela esquerda, invadiu a área e tocou por cima de Rafael. A pressão chilena aumentou muito. Os santistas, cansados, se desdobravam para tentar afastar a bola de sua área. Agora, era uma luta contra o tempo.
Tempo que demorava a passar. Para piorar as coisas, Alex Sandro sentiu o joelho e ficou caído no chão. O Santos, que já não tinha muita gente em campo, ficou escancarado. Aos 41, Rúbio recebeu no setor que deveria ser ocupado por Alex, driblou Rafael e diminuiu.
O jogo que estava tranquilo, se transformou em um drama. Dentro e fora de campo. Já no banco, após ser substituído, Elano arremessou uma toalha em direção à delegação do adversário e também foi expulso. O Colo Colo seguia em cima, mas também estava bastante tenso em campo. Jorquera discutiu com o juiz e também levou o vermelho. Foi o último ato de um jogo que teve cara de Libertadores, não necessariamente uma cara boa.
Do seu camarote, Muricy Ramalho assitiu a tudo. O treinador será apresentado nesta quinta-feira e terá de quebrar a cabeça para montar a equipe para o confronto contra os paraguaios, que o Peixe precisa vencer para não depender de outros resultados na última rodada para avançar às oitavas. Com o resultado, o Santos foi a cinco pontos e segue em terceiro lugar no Grupo 5. Os chilenos, em segundo, tem seis. O Cerro, líder, está com oito.
Gols para Muricy festejar
O Santos entrou em campo passando um pouco do ponto. A vitória do Cerro Porteño sobre o Deportivo Táchira, por 2 a 0, fez com que o Peixe entrasse em campo muito pressionado. Afinal, os paraguaios foram a oito pontos, deixando Colo Colo com seis e o Peixe com dois. Um tropeço deixaria os santistas longe demais das oitavas. Por isso, o time entrou em campo com apenas dois. Por isso, nervosismo, a bola queimando nos pés, passes equivocados. Mas o espírito já era diferente. Ao contrário do que aconteceu nos primeiros três jogos, o Peixe jogou Libertadores, enfim. Foi determinado na marcação e procurou abafar o Colo Colo desde o início.
O clima da Vila Belmiro ajudou. A torcida também pareceu entender que o ambiente do Alçapão conta muito. Esgotou os ingressos e empurrou o time desde o minuto inicial. Paulo Henrique Ganso, que foi hostilizado por um grupo de descontentes após a derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, domingo passado, teve seu nome gritado.
- Paulo Henrique é o maestro do Peixão!
Logo aos 11 minutos, metade do estádio soltou o grito de gol. Numa cobrança de falta de Elano, a bola balançou a rede, mas pelo lado de fora. A galera do lado oposto às cabines de imprensa comemorou, com a impressão de que a bola havia entrado. O lance acendeu ainda mais o estádio. Os santistas não deixaram de incentivar nem quando Jorquera, aos 26 minutos, cobrou falta da esquerda e acertou o travessão de Rafael. Foi o único lance de perigo do Colo Colo.
O Peixe continuava tomando conta da partida. Estava difícil entrar tabelando pelo meio da zaga chilena. O jeito era chutar de fora. Afinal, o goleiro Castillo, como sabe bem o torcedor do Botafogo, não é dos mais confiáveis. Danilo arriscou aos 29, mas o goleiro defendeu. Aos 34, não teve jeito. Numa linda cobrança de falta, de pé direito, Elano acertou o ângulo esquerdo de Castillo. Explosão na Vila Belmiro, especialmente no camarote do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. A seu lado, o técnico Muricy Ramalho, que vibrou muito.
Quando Muricy e todos os outros alvinegros ainda pulavam comemorando o belo gol de Elano, Zé Eduardo recebeu pela meia esquerda e acertou um ótimo passe para Danilo, que entrava por trás. O volante driblou o goleiro e tocou para o gol. A bola ainda desviou na zaga e entrou.
Aliviados, os jogadores alvinegros passaram a tocar a bola com mais calma, envolvendo o Colo Colo, que começou a sair mais, sem, no entanto, ameaçar o gol alvinegro.
Chapéu, máscara e expulsão
Os 12 primeiros minutos do segundo tempo viraram o jogo de ponta cabeça. Aos seis minutos, Neymar vez um gol antológico. Ele se antecipou a Cabión, passaou por Scotti, aplicou um chapéu em Cabrera e toca por cima de Castillo. Na comemoração, colocou uma das máscaras do seu rosto que foram distribuídas por um dos seus patrocinadores. O árbitro uruguaio Roberto Silvera não gostou da brincadeira e lhe deu o cartão amarelo. Como já tinha um, por falta em Jorquera no primeiro tempo, foi expulso.
Esse lance fez o clima esquentar muito dentro de campo. Em seguida, Zé Eduardo e Scotti trocaram empurrões e foram expulsos. Trocando em miúdos: o Peixe terá um jogo decisivo contra o Cerro Porteño, no dia 16, em Assunção, e não poderá contar com sua maior estrela, Neymar, e com seu principal centroavante: Zé Eduardo. Complicou. Como Paulo Henrique Ganso, que já tinha amarelo, também estava nervoso, o interino Marcelo Martelotte o tirou do campo, para a entrada de Alex Sandro
Mas a escalação para a semana que vem era um problema para Muricy Ramalho resolver depois. Ainda havia jogo. Com nove atletas em campo, o Peixe tratou de se acalmar. Passou a tocar a bola, marcando forte e tentando achar algum contra-ataque.
O Colo Colo, com um jogador a mais em campo, martelou até diminuir, aos 36. Jerez recebeu às costas de Pará, pela esquerda, invadiu a área e tocou por cima de Rafael. A pressão chilena aumentou muito. Os santistas, cansados, se desdobravam para tentar afastar a bola de sua área. Agora, era uma luta contra o tempo.
Tempo que demorava a passar. Para piorar as coisas, Alex Sandro sentiu o joelho e ficou caído no chão. O Santos, que já não tinha muita gente em campo, ficou escancarado. Aos 41, Rúbio recebeu no setor que deveria ser ocupado por Alex, driblou Rafael e diminuiu.
O jogo que estava tranquilo, se transformou em um drama. Dentro e fora de campo. Já no banco, após ser substituído, Elano arremessou uma toalha em direção à delegação do adversário e também foi expulso. O Colo Colo seguia em cima, mas também estava bastante tenso em campo. Jorquera discutiu com o juiz e também levou o vermelho. Foi o último ato de um jogo que teve cara de Libertadores, não necessariamente uma cara boa.
Por GloboEsporte.com