Marta Suplicy compara ganhos de Palocci com os de FHC e Lula
BRASÍLIA - Os ganhos milionários do ex-presidente Lula com palestras para grandes multinacionais e banqueiros, depois que ele deixou a Presidência, serviram de argumento nesta terça-feira para a senadora Marta Suplicy (PT-SP) tentar justificar o fato de o ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ter aumentado seu patrimônio em R$ 7 milhões nos últimos seis anos como consultor. No debate que esquentou o plenário do Senado, de um lado a Oposição cobrava explicações para o que considera enriquecimento suspeito, do outro os governistas se revezaram com um argumento combinado previamente com Palocci: sua empresa de consultoria Projeto, tem uma cláusula de confidencialidade, portanto não será possível divulgar a carteira de clientes, o valor de contratos e o serviço prestado.
Mas Marta Suplicy preferiu tentar justificar o aumento repentino de patrimônio de Palocci: um apartamento de R$6,6 milhões pago a vista, um condomínio mensal de R$3,8 mil mensais, e um escritório de R$ 880 mil para um rendimento salarial de R$ 974 mil em seis anos.
- E quanto o Fernando Henrique ganhou dando palestras? E o presidente Lula? Quanto eles aumentaram seu patrimônio fazendo palestras? Imagine o ministro Palocci, com a bagagem que ele tem? Essa questão de as pessoas aumentarem seu patrimônio não é excepcional - discursou Marta Suplicy, sem citar que somente numa palestra para a empresa LG, Lula embolsou U$500 mil.
Ela presidia a sessão quando o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO) lia da tribuna o teor da representação que a Oposição vai encaminhar à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo uma devassa nas contas da empresa de Palocci. Por duas vezes ela tentou interromper o discurso do democrata, que usou a tribuna como líder, mas concedeu muitos apartes.
Irritado com as intervenções, Demóstenes chegou a trocar o nome do presidente José Sarney, que não presidia naquele momento:
- Mas eu tinha um acordo prévio com o presidente José Serra que leria toda a representação e debateria o assunto. Depois o governo pode falar por igual tempo - tentou argumentar.
- Como é que é? José Serra? Mas essa Mesa está uma beleza! - reagiu Marta.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também trocou os nomes ao apartear o líder do PT Humberto Costa(PE), chamando-o de Humberto Lucena. Costa leu quase toda a nota enviada por Palocci aos líderes, com o principal argumento de que ele não poderia divulgar o nome das empresas para as quais a Projeto prestou assessoria, em função de uma cláusula de confidencialidade.
Mas Marta Suplicy preferiu tentar justificar o aumento repentino de patrimônio de Palocci: um apartamento de R$6,6 milhões pago a vista, um condomínio mensal de R$3,8 mil mensais, e um escritório de R$ 880 mil para um rendimento salarial de R$ 974 mil em seis anos.
- E quanto o Fernando Henrique ganhou dando palestras? E o presidente Lula? Quanto eles aumentaram seu patrimônio fazendo palestras? Imagine o ministro Palocci, com a bagagem que ele tem? Essa questão de as pessoas aumentarem seu patrimônio não é excepcional - discursou Marta Suplicy, sem citar que somente numa palestra para a empresa LG, Lula embolsou U$500 mil.
Ela presidia a sessão quando o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO) lia da tribuna o teor da representação que a Oposição vai encaminhar à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo uma devassa nas contas da empresa de Palocci. Por duas vezes ela tentou interromper o discurso do democrata, que usou a tribuna como líder, mas concedeu muitos apartes.
Irritado com as intervenções, Demóstenes chegou a trocar o nome do presidente José Sarney, que não presidia naquele momento:
- Mas eu tinha um acordo prévio com o presidente José Serra que leria toda a representação e debateria o assunto. Depois o governo pode falar por igual tempo - tentou argumentar.
- Como é que é? José Serra? Mas essa Mesa está uma beleza! - reagiu Marta.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também trocou os nomes ao apartear o líder do PT Humberto Costa(PE), chamando-o de Humberto Lucena. Costa leu quase toda a nota enviada por Palocci aos líderes, com o principal argumento de que ele não poderia divulgar o nome das empresas para as quais a Projeto prestou assessoria, em função de uma cláusula de confidencialidade.
Por O Globo