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Hackers divulgam dados que permitem acessar servidor da Petrobras

O grupo hacker LulzSecBrazil divulgou, na tarde deste sábado (25), dados de acesso a um servidor de arquivos da Petrobras. No perfil do grupo no Twitter, foram publicados o endereço do servidor, um nome usuário e uma senha de acesso.
A Folha conseguiu acessar o sistema por volta das 17h utilizando as informações divulgadas. No servidor foi possível encontrar pastas com conteúdo como relatórios, fotos e dados de funcionários. Nenhuma informação foi alterada ou copiada nesse acesso.
Por volta das 18h o servidor já não estava disponível.
Na manhã desta sexta-feira (24), o mesmo grupo de hackers havia divulgado uma série de arquivos com dados pessoais de funcionários da empresa. A Petrobras negou que o servidor tenha sido invadido e informou que iria apurar a origem dos dados.
Desde a madrugada de quarta-feira (22) o grupo LulzSecBrazil tem sido responsabilizado por uma série de ataques a sites governamentais, fazendo com que alguns deles ficassem fora do ar por algumas horas. Após essa série de ataques, a Polícia Federal começou a investigar as ações.

SAIBA MAIS
 
O grupo de hackers LulzSec (Lulz Security) chamou a atenção mundial pela primeira vez há dois meses, com a invasão da rede on-line do PlayStation, da Sony, e com o vazamento dos dados de milhões de usuários. O serviço, de alcance global, passou dias fora do ar.
Na semana passada, o grupo assumiu um ataque ao site da CIA. Anteontem, o FBI invadiu e confiscou equipamentos de um servidor de internet no Estado de Virgínia, parte de uma investigação dos membros do LulzSec realizada junto com a própria CIA e agências europeias, segundo o "New York Times". Um membro do LulzSec foi preso no Reino Unido.
O nome Lulz vem de LOL ("laugh out loud", rir alto), uma gíria de internet usada, em geral, após brincadeiras on-line e pegadinhas.
Anterior e mais conhecido, o grupo Anonymous nasceu como coletivo hacker há cerca de três anos.
A exemplo do LulzSec, começou com brincadeiras on-line, até realizar uma série de ataques em defesa do WikiLeaks, em dezembro do ano passado.
Conseguiu afetar a operação de sites globais como Visa, MasterCard e PayPal, por terem suspendido contas da organização de Julian Assange, que expôs segredos americanos.

 Por Folha