Procuradoria vai colocar documentos da ditadura na internet
O Ministério Público Federal promoveu um ato em São Paulo nesta terça-feira para comemorar a repatriação dos arquivos do projeto "Brasil Nunca Mais", que estavam nos Estados Unidos desde o fim da ditadura militar. A divulgação dos documentos foi antecipado pela Folha em maio deste ano.
O acervo reúne depoimentos de ex-presos políticos e identifica agentes que praticavam tortura durante a ditadura militar. As informações serão digitalizadas e devem ser usadas pela futura Comissão da Verdade para investigar crimes cometidos durante o regime.
O projeto realizado no início dos anos 80 buscava, ainda durante o período da ditadura militar, obter informações e evidências de violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado.
A Procuradoria disponibilizará a íntegra dos 707 processos que originaram "Brasil: Nunca Mais". Qualquer pessoa poderá ler, nos depoimentos contidos nos documentos, os detalhes das prisões e torturas sofridas pelos presos.
PROJETO
Pensado por dom Paulo Evaristo Arns, da Igreja Católica, e pelo reverendo Jaime Wright, da Igreja Presbiteriana Unida, o "Brasil: Nunca Mais" foi feito de maneira clandestina.
Advogados dos presos pediam vistas dos autos no STM, e, em vez de apenas consultar os papéis, faziam cópias deles, que eram mandadas como malotes para São Paulo.
Após o lançamento do livro, em 1985, as cópias foram doadas à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Como elas sofreram certa degradação, o MPF digitalizará os microfilmes dos processos, produzidos pelo Conselho Mundial de Igrejas, uma organização ecumênica internacional sediada em Genebra (Suíça), e doados ao Center for Research Libraries, uma instituição acadêmica norte-americana que preserva arquivos de diferentes partes do mundo.
O acervo reúne depoimentos de ex-presos políticos e identifica agentes que praticavam tortura durante a ditadura militar. As informações serão digitalizadas e devem ser usadas pela futura Comissão da Verdade para investigar crimes cometidos durante o regime.
O projeto realizado no início dos anos 80 buscava, ainda durante o período da ditadura militar, obter informações e evidências de violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado.
A Procuradoria disponibilizará a íntegra dos 707 processos que originaram "Brasil: Nunca Mais". Qualquer pessoa poderá ler, nos depoimentos contidos nos documentos, os detalhes das prisões e torturas sofridas pelos presos.
PROJETO
Pensado por dom Paulo Evaristo Arns, da Igreja Católica, e pelo reverendo Jaime Wright, da Igreja Presbiteriana Unida, o "Brasil: Nunca Mais" foi feito de maneira clandestina.
Advogados dos presos pediam vistas dos autos no STM, e, em vez de apenas consultar os papéis, faziam cópias deles, que eram mandadas como malotes para São Paulo.
Após o lançamento do livro, em 1985, as cópias foram doadas à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Como elas sofreram certa degradação, o MPF digitalizará os microfilmes dos processos, produzidos pelo Conselho Mundial de Igrejas, uma organização ecumênica internacional sediada em Genebra (Suíça), e doados ao Center for Research Libraries, uma instituição acadêmica norte-americana que preserva arquivos de diferentes partes do mundo.
Por Folha