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Dólar fecha em nova taxa mínima do ano, a R$ 1,53

O Banco Central usou munição pesada nesta terça-feira para tentar frear a queda da moeda norte-americana.
A autoridade monetária comprou dólares por quatro vezes --duas vezes pela manhã, duas vezes à tarde-- sem conseguir evitar, no entanto, que o dólar testasse um nova taxa mínima para o ano: R$ 1,53, que acabou por ser a cotação do fechamento do dia.
O dólar comercial já abriu o dia em queda, abaixo de R$ 1,54, e permaneceu nesta faixa até as últimas operações, quando foi negociado por R$ 1,537 (valor de venda), em uma queda de 0,38% sobre o preço de ontem. A série histórica mostra que trata-se da menor taxa desde a mudança do regime cambial do país, em 15 de janeiro de 1999.
Já foram seis dias consecutivos de baixa, acumulando uma desvalorização de 2,6% desde quinta-feira retrasada (a última sessão em que as taxas subiram).
O BC comprou dólar à vista e a termo (para liquidação futura), sem informar imediatamente a quantia de moeda adquirida junto aos agentes financeiros. Os dados de hoje devem ser conhecidos somente na semana que vem, com a atualização periódica do fluxo cambial.
Neste mês, até o dia 15, o Banco Central já revelou que fez compras de US$ 2,484 bilhões em excesso de dólares, por meio desses leilões diários, mais do que os US$ 2,29 bilhões em todo o mês de junho.
Entre a segunda e a terceira semana de julho, houve uma diminuição expressiva do ritmo de compras, o que provavelmente deve ser revertida nesta quarta parte do mês: o total de divisas adquirido caiu de US$ 1,5 bilhão para US$ 899 milhões.
Sobre o real valorizado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que novas medidas para segurar o preço podem ser tomadas pelo governo. "Podemos tomar novas medidas para evitar a valorização do câmbio", afirmou Mantega, que participou de encontro com empresários reunidos pelo Lide, em São Paulo.

Por Folha