Ocupação da Rocinha é apenas o primeiro passo
A operação Choque de Paz, que ocupou as favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu na madrugada deste domingo, terminou com resultados modestos em prisões e apreensões. Foram presos quatro suspeitos e apreendido armamento pesado – 15 fuzis, uma submetralhadora, duas espingardas. A polícia também apreendeu 20 pistolas, 20 rojões e três granadas e grande quantidade de munição.
A operação resultou na apreensão de 112 quilos de maconha, 80 tabletes da droga, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha e 14 tabletes de cocaína. Foram encontradas uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil, além de material hospitalar e desmanteladas duas centrais clandestinas de TV a cabo.
Em entrevista no final da manhã, Beltrame tratou de valorizar a retomada do território, ao invés de comentar os resultados traduzidos em prisões e apreensões. “Apreender armas, drogas, isso é muito importante. Mas devolver a dignidade, livrar uma população do jugo do fuzil, isso também é muita coisa”, disse, também respondendo a ainda pequena quantidade de traficantes detidos. “Podemos ter, sem dúvida, bandidos foragidos. O ideal seria podermos devolver o território com todos os presos e todas as armas apreendidas. Nós focamos o território, para permitir que o estado possa cumprir o seu papel. Esse foco foi atingido”, afirmou.
Cerca de 3 mil homens participaram da operação, que abre caminho para a instalação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro. Eles tiveram apoio de 6 blindados “Caveirão” da Polícia Militar, 18 blindados da Marinha, quatro helicópteros da PM e três da Polícia Civil.
Da Polícia Militar foram cerca de mil homens, incluindo efetivos dos Batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e de Polícia de Choque (BPChoque), participaram diretamente da ocupação. Outros 1,3 mil homens estão mobilizados no apoio à operação em diferentes pontos da cidade. Participaram ainda 194 Fuzileiros Navais, 160 agentes da Polícia Federal (PF), 46 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 186 policiais civis, além de 13 unidades de cães farejadores.
A Operação Choque de Paz teve apoio direto da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. O Hospital Miguel Couto, na Gávea, funcionou em esquema especial durante todo o domingo, para receber feridos de algum eventual confronto na ocupação da Rocinha.
Ao contrário do que aconteceu na ocupação do Complexo do Alemão, há um ano, a ocupação da Rocinha e do Vidigal foi precedida de operações preparatórias. Ao longo de duas semanas, as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal atacaram redutos de facções aliadas dos traficantes da Rocinha nas Zonas Norte e Oeste e em Niterói e Macaé, com o objetivo de desestruturar eventuais refúgios para os traficantes. Como resultado dessas operações, 8 bandidos foram mortos, 37 presos – entre eles 1 policial militar e 3 policiais civis – e sete menores apreendidos. Entre os detidos, estão os líderes de facções Antônio Francisco Bomfim Lopes, o “Nem”; Anderson Rosa Mendonça, o “Coelho”; Varquia Garcia dos Santos, o “Carré”; e Sandro Luis de Paula Amorim, o “Peixe”.
Grande quantidade de drogas foi capturada pela Polícia Militar nessas operações, totalizando 3.086 sacolés de cocaína, 1.519 pedras de crack, 355 papelotes de cocaína e 537 trouxinhas de maconha. Dois automóveis e 8 motos também foram apreendidos, além de 46 armas (incluindo revólveres, pistolas, fuzis e submetralhadoras) e 10 granadas e 32 artefatos caseiros. Somente hoje, o Bope descobriu mais 12 fuzis, uma metalhadora e uma granada num tonel escondido na mata da Rocinha.
Já a Polícia Civil apreendeu em operação na Rocinha 31 motos, 21 mil CDs e DVDs piratas, 4,5 mil peças de vestuário, 100 pares de tênis e 1,3 mil brinquedos que eram vendidos de forma irregular. Os policiais civis também encontraram rojões de artilharia antiaérea e rádios-transmissores.
A operação resultou na apreensão de 112 quilos de maconha, 80 tabletes da droga, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha e 14 tabletes de cocaína. Foram encontradas uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil, além de material hospitalar e desmanteladas duas centrais clandestinas de TV a cabo.
Em entrevista no final da manhã, Beltrame tratou de valorizar a retomada do território, ao invés de comentar os resultados traduzidos em prisões e apreensões. “Apreender armas, drogas, isso é muito importante. Mas devolver a dignidade, livrar uma população do jugo do fuzil, isso também é muita coisa”, disse, também respondendo a ainda pequena quantidade de traficantes detidos. “Podemos ter, sem dúvida, bandidos foragidos. O ideal seria podermos devolver o território com todos os presos e todas as armas apreendidas. Nós focamos o território, para permitir que o estado possa cumprir o seu papel. Esse foco foi atingido”, afirmou.
Cerca de 3 mil homens participaram da operação, que abre caminho para a instalação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro. Eles tiveram apoio de 6 blindados “Caveirão” da Polícia Militar, 18 blindados da Marinha, quatro helicópteros da PM e três da Polícia Civil.
Da Polícia Militar foram cerca de mil homens, incluindo efetivos dos Batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e de Polícia de Choque (BPChoque), participaram diretamente da ocupação. Outros 1,3 mil homens estão mobilizados no apoio à operação em diferentes pontos da cidade. Participaram ainda 194 Fuzileiros Navais, 160 agentes da Polícia Federal (PF), 46 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 186 policiais civis, além de 13 unidades de cães farejadores.
A Operação Choque de Paz teve apoio direto da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. O Hospital Miguel Couto, na Gávea, funcionou em esquema especial durante todo o domingo, para receber feridos de algum eventual confronto na ocupação da Rocinha.
Ao contrário do que aconteceu na ocupação do Complexo do Alemão, há um ano, a ocupação da Rocinha e do Vidigal foi precedida de operações preparatórias. Ao longo de duas semanas, as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal atacaram redutos de facções aliadas dos traficantes da Rocinha nas Zonas Norte e Oeste e em Niterói e Macaé, com o objetivo de desestruturar eventuais refúgios para os traficantes. Como resultado dessas operações, 8 bandidos foram mortos, 37 presos – entre eles 1 policial militar e 3 policiais civis – e sete menores apreendidos. Entre os detidos, estão os líderes de facções Antônio Francisco Bomfim Lopes, o “Nem”; Anderson Rosa Mendonça, o “Coelho”; Varquia Garcia dos Santos, o “Carré”; e Sandro Luis de Paula Amorim, o “Peixe”.
Grande quantidade de drogas foi capturada pela Polícia Militar nessas operações, totalizando 3.086 sacolés de cocaína, 1.519 pedras de crack, 355 papelotes de cocaína e 537 trouxinhas de maconha. Dois automóveis e 8 motos também foram apreendidos, além de 46 armas (incluindo revólveres, pistolas, fuzis e submetralhadoras) e 10 granadas e 32 artefatos caseiros. Somente hoje, o Bope descobriu mais 12 fuzis, uma metalhadora e uma granada num tonel escondido na mata da Rocinha.
Já a Polícia Civil apreendeu em operação na Rocinha 31 motos, 21 mil CDs e DVDs piratas, 4,5 mil peças de vestuário, 100 pares de tênis e 1,3 mil brinquedos que eram vendidos de forma irregular. Os policiais civis também encontraram rojões de artilharia antiaérea e rádios-transmissores.
Por Veja