Com câncer, Cristina pede 'prudência e equilíbrio' durante licença
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que na semana que vem será operada de um câncer na tireoide, demonstrou força nesta quarta-feira em sua primeira aparição pública depois que a doença foi divulgada e pediu a empresários e trabalhadores "prudência e equilíbrio" em suas reivindicações durante sua licença, entre os dias 4 e 24 de janeiro.
Apesar do anúncio da doença, Cristina continuou com sua agenda oficial e se reuniu pela manhã com os governadores das províncias que estão endividadas com o governo federal.
Cristina deu a entender que está pondo sua saúde a "serviço do país" e pediu aos funcionários que cooperem com o vice-presidente Amado Boudou, que assumirá a Presidência por 20 dias, a partir de 4 de janeiro --data da cirurgia--, num contexto em que sindicatos se queixam de salários e impostos enquanto os empresários estão preocupados com a perda de competitividade da economia do país.
"Quero em primeiro lugar agradecer a todas as demonstrações de solidariedade, de carinho e de afeto de todos os argentinos e também de presidentes amigos (...) Peço ajuda a todos, não para mim, mas para este país. Aos governadores, aos intendentes, para que todos nos esforcemos mais e melhor", disse Cristina, de 58 anos.
A notícia de que Cristina tem câncer na tireoide, sem metástase, foi divulgada na noite de terça-feira pelo porta-voz oficial, abalando o país e desencadeando um amplo movimento de apoio à presidente, a mais recente líder latino-americana com a doença.
Reeleita em outubro com 53,07% dos votos, para mais um mandato de quatro anos, Cristina assumiu o poder após a morte do marido, Néstor Kirchner, que sofreu um ataque cardíaco aos 60 no fim de 2010.
Quebrando totalmente o protocolo, a presidente argentina Cristina mencionou seu ex-marido Néstor Kirchner durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato, no último dia 12, em Buenos Aires.
Ela deve ocupar a Casa Rosada até 2015 e governar com o maior poder dos últimos 30 anos, com maioria no Congresso e muitas províncias sob o controle do kirchnerismo.
APOIO
De acordo com o jornal "Clarín", ao se aproximar para falar aos presentes na reunião desta quarta-feira, Cristina foi aplaudida de pé pelos governadores e funcionários participantes do encontro.
Além de agradecer ao apoio mostrado pela população argentina, Cristina disse que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi o primeiro a telefonar após o anúncio da doença.
Segundo ela, Chávez --que também foi diagnosticado com câncer no final de junho deste ano-- afirmou que iria organizar um congresso com os líderes que venceram a doença. "Vou disputar a Presidência [do congresso]", brincou Cristina.
A argentina ressaltou também que outros líderes da região entraram em contato com ela para expressar apoio, entre eles Sebastián Piñera, do Chile; Juan Manuel Santos, da Colômbia; Fernando Lugo, do Paraguai; e a presidente brasileira, Dilma Rousseff.
OTIMISTMO MÉDICO
Os médicos estão muito otimistas sobre a recuperação da presidente porque, segundo explicaram, esse é o tipo de câncer com mais possibilidades de cura.
"De 90 a 98% dos afetados ficam curados", disse o oncologista Júlio Moreno a uma rádio local.
O porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, informou ter sido constatada a "ausência de comprometimento nos gânglios linfáticos e a inexistência de metástase" e acrescentou que o câncer foi detectado em 22 de dezembro, durante a realização de "exames médicos rotineiros de controle".
O marido de Cristina, seu antecessor na Presidência, morreu em decorrência de problemas cardíacos.
Ela conquistou popularidade com políticas pró-consumo que estimulam o crescimento do país e amplos programas de ajuda social. No entanto, a dinâmica economia argentina enfrenta um panorama de desaceleração e nas últimas semanas o governo tem sido alvo de duros protestos de sindicalistas.
Apesar do anúncio da doença, Cristina continuou com sua agenda oficial e se reuniu pela manhã com os governadores das províncias que estão endividadas com o governo federal.
Cristina deu a entender que está pondo sua saúde a "serviço do país" e pediu aos funcionários que cooperem com o vice-presidente Amado Boudou, que assumirá a Presidência por 20 dias, a partir de 4 de janeiro --data da cirurgia--, num contexto em que sindicatos se queixam de salários e impostos enquanto os empresários estão preocupados com a perda de competitividade da economia do país.
"Quero em primeiro lugar agradecer a todas as demonstrações de solidariedade, de carinho e de afeto de todos os argentinos e também de presidentes amigos (...) Peço ajuda a todos, não para mim, mas para este país. Aos governadores, aos intendentes, para que todos nos esforcemos mais e melhor", disse Cristina, de 58 anos.
A notícia de que Cristina tem câncer na tireoide, sem metástase, foi divulgada na noite de terça-feira pelo porta-voz oficial, abalando o país e desencadeando um amplo movimento de apoio à presidente, a mais recente líder latino-americana com a doença.
Reeleita em outubro com 53,07% dos votos, para mais um mandato de quatro anos, Cristina assumiu o poder após a morte do marido, Néstor Kirchner, que sofreu um ataque cardíaco aos 60 no fim de 2010.
Quebrando totalmente o protocolo, a presidente argentina Cristina mencionou seu ex-marido Néstor Kirchner durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato, no último dia 12, em Buenos Aires.
Ela deve ocupar a Casa Rosada até 2015 e governar com o maior poder dos últimos 30 anos, com maioria no Congresso e muitas províncias sob o controle do kirchnerismo.
APOIO
De acordo com o jornal "Clarín", ao se aproximar para falar aos presentes na reunião desta quarta-feira, Cristina foi aplaudida de pé pelos governadores e funcionários participantes do encontro.
Além de agradecer ao apoio mostrado pela população argentina, Cristina disse que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi o primeiro a telefonar após o anúncio da doença.
Segundo ela, Chávez --que também foi diagnosticado com câncer no final de junho deste ano-- afirmou que iria organizar um congresso com os líderes que venceram a doença. "Vou disputar a Presidência [do congresso]", brincou Cristina.
A argentina ressaltou também que outros líderes da região entraram em contato com ela para expressar apoio, entre eles Sebastián Piñera, do Chile; Juan Manuel Santos, da Colômbia; Fernando Lugo, do Paraguai; e a presidente brasileira, Dilma Rousseff.
OTIMISTMO MÉDICO
Os médicos estão muito otimistas sobre a recuperação da presidente porque, segundo explicaram, esse é o tipo de câncer com mais possibilidades de cura.
"De 90 a 98% dos afetados ficam curados", disse o oncologista Júlio Moreno a uma rádio local.
O porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, informou ter sido constatada a "ausência de comprometimento nos gânglios linfáticos e a inexistência de metástase" e acrescentou que o câncer foi detectado em 22 de dezembro, durante a realização de "exames médicos rotineiros de controle".
O marido de Cristina, seu antecessor na Presidência, morreu em decorrência de problemas cardíacos.
Ela conquistou popularidade com políticas pró-consumo que estimulam o crescimento do país e amplos programas de ajuda social. No entanto, a dinâmica economia argentina enfrenta um panorama de desaceleração e nas últimas semanas o governo tem sido alvo de duros protestos de sindicalistas.
Por Folha


