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Chuvas já deixam mais de 33 mil desalojados no Sudeste

Desde outubro, as fortes chuvas obrigaram mais de 33.000 pessoas a deixarem suas casas e irem para abrigos na região Sudeste, mostra levantamento do site de VEJA feito com base em dados da Defesa Civil. O número tende a aumentar, especialmente no estado do Rio de Janeiro, onde novos episódios acontecem a toda hora. O número de desabrigados, aqueles que tiveram suas casas destruídas pelas chuvas, ultrapassa 1.300 no Sudeste. Treze pessoas morreram.
E o mau tempo deve continuar na região. A Secretaria Nacional de Defesa Civil alerta para chuva forte nesta quarta  no centro-sul, leste e norte de Minas Gerais, no Espírito Santo e em áreas serranas e norte do Rio de Janeiro. Os temporais devem afetar o Sudeste até sexta-feira. 
O Rio de Janeiro é o estado com maior número de pessoas afetadas pelas chuvas. As cheias dos rios que nascem em Minas Gerais e adentram na parte noroeste do estado já deixaram mais de 22.800 desalojados, de acordo com o último boletim, divulgado no fim da tarde desta quarta-feira. Há cidades inteiras embaixo d’água. O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, visitou a região e acredita que o mecanismo de alerta que o estado implantou nas zonas de risco foi decisivo para evitar mortes.
Os municípios Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Laje do Muriaé, Aperibé, Italva, Cardoso Moreira, Cambuci e Campos decretaram estado de emergência. No estado do Rio de Janeiro foram registradas três mortes, duas por infarto e uma por queda dentro da residência, desde o início da temporada de chuvas.
Até terça-feira, a Defesa Civil fluminense registrou 367 deslizamentos de terra, 41 inundações, três desabamentos e 21 enxurradas. Mas, com os novos acontecimentos desde o final de tarde de ontem, com chuvas e as cheias na região noroeste, a corporação ainda não consolidou novos números. 
Em São Paulo a chuva deixou nove feridos, dois mortos, 116 desabrigados e 264 desalojados. São treze os municípios em estado de atenção – Francisco Morato, Guarujá, Atibaia, Indaiatuba, Vinhedo, Valinhos, Cabreúva e Itupeva. Outros municípios estão em observação.
No Espírito Santo, há 21 municípios afetados e dois em situação de emergência: Ibatiba e Domingos Martins. São 173 desabrigados, 1.019 desalojados, 11.850 pessoas afetadas, doze feridos e 562 casas ou prédios danificados ou destruídos.
Em Minas Gerais a população ainda deve ficar alerta para o risco de alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de encostas. São 53 municípios em situação de emergência e outros 56 afetados gravemente. Até o momento, 9.365 pessoas estão desalojadas, 404 desabrigadas, uma desaparecida, 32 feridas e oito mortas. Em relação aos danos materiais, 2.420 casas foram danificadas, 84 destruídas e 146 pontes, destruídas ou danificadas.
 
Por Veja