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Mantega promete facilitar investimento do setor privado

A julgar pelas palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a economia do Brasil, que cresceu 2,7% em 2011, tem tudo para superar essa marca em 2012. Após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e grandes empresários representantes de diversos setores da economia, Mantega afirmou que o governo vai continuar agindo para facilitar a vida dos empresários e que eles estão dispostos a fazer grandes investimentos para ampliar o crescimento.
Segundo Mantega, o Planalto prometeu aos empresários continuar agindo para evitar que o real se valorize, um desafio constante, uma vez que há uma política de desvalorização cambial em vários países. "Temos prejuízos da importação e exportação. E esta questão é vista por empresários como uma questão crucial", disse Mantega. Segundo ele, o real não pode se valorizar, caso contrário os produtos brasileiros ficam mais caros. "O governo tranquilizou os empresários. Vamos continuar fazendo políticas de intervenção no câmbio que não permitam que o real se valorize. Isso é um compromisso do governo". Mantega elogiou a política econômica comandada por ele próprio, e disse que o Brasil é um dos países que mais fazem essa política sem atrapalhar os investimentos. "Temos modelado uma política que tem dado resultados. Desde o segundo semestre do ano passado, o câmbio está em situação mais favorável. Posso afirmar que vai continuar assim", disse.
O ministro da Fazenda afirmou também que o governo continuará adotando medidas para reduzir o custo do capital de giro das empresas e para garantir a continuidade da redução da Selic (a taxa básica de juros) pelo Banco Central (BC). "Garantimos que vamos tomar medidas para reduzir o custo do dinheiro", disse. Mantega acrescentou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também continuará atuando na oferta de crédito. E afirmou que o governo irá trabalhar para reduzir o custo do investimento no Brasil. Segundo ele, o setor público representa apenas 3% dos investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, o setor privado tem uma responsabilidade grande. "Eles estão fazendo e o governo vai criar mais facilidades para reduzir o custo. Vamos reduzir tributo sobre investimento e sobre a mão de obra. Estamos reduzindo as dificuldades", disse. Ainda de acordo com Mantega, o governo sabe que a desoneração da folha de salários das empresas é uma medida apoiada por toda indústria, mas que sua implementação é vista como lenta por parte do empresariado.
Em contrapartida às promessas feitas pelo governo, os empresários afirmaram que vão fazer grandes investimentos, segundo Mantega. "Os setores estão animados para realizar grandes investimentos e realizar crescimento maior", afirmou. O governo, de acordo com ele, elegeu os investimentos como uma das molas de crescimento até 2014. "O setor privado vai aumentar os investimentos e o setor privado também se comprometeu", disse.
Na opinião de Mantega, o investimento é prioritário para deslanchar a economia neste e nos próximos anos. "Vários empresários apresentaram projetos de investimento de grande magnitude", disse. Segundo ele, os empresários também solicitaram uma carga tributária menor. "Temos trabalhado para reduzir carga."

Por Época