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Para peemedebista, não havia chances de Demóstenes se filiar ao PMDB

Soou como mera especulação a notícia de que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) teria articulado com o bicheiro Carlinhos Cachoeira uma possível mudança para o PMDB no ano passado. A estratégia fazia parte do plano do contraventor e do senador de migrar para a base aliada ao governo da presidenta Dilma Rousseff e ampliar suas influências no governo.
Naquela época, setores do DEM até chegaram a discutir algumas possibilidades de fusão para o partido, já que o PSD estava sendo criado o que futuramente resultou numa debandada de parte da bancada. Mas no caso de Demóstenes, esta mudança era praticamente inviável.
Na avaliação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as diferenças regionais entre o senador e o PMDB goiano inviabilizaria a troca partidária. Nas eleições de 2010, Demóstenes apoiou o tucano Marconi Perillo (PSDB), que derrotou Iris Rezende (PMDB) na disputa pelo governo do estado.
Por conta deste embate, Demóstenes dificilmente conseguiria sua filiação, já que caberia ao PMDB local efetuar a filiação de novos políticos do partido. Além do mais, como não tinha motivos para deixar o DEM, Demóstenes correria o risco de ser enquadrado na regra da fidelidade partidária e perder o mandato.
Nestes 38 dias em que Carlinhos Cachoeira está preso, já foram divulgadas centenas de telefonemas entre o bicheiro e Demóstenes. Foi numa destas conversas, veiculada pela revista Época, que Cachoeira aconselhou Demóstenes a trocar logo de partido para se aproximar mais da presidenta Dilma.
Na avaliação de Cunha, se naquela época era pouco provável que Demóstenes conseguiria a sua filiação ao PMDB, hoje o assunto não é nem colocado mais em discussão. “Está fora de cogitação", disse o parlamentar.
Por iG