Gráfica recusa serviço e atrasa 1ª revista sobre maconha no país
A "semSemente", que é a primeira revista brasileira exclusivamente
dedicada ao tema da maconha e tinha lançamento previsto para hoje, na
marcha do Rio, teve que adiar sua estreia.
Ela ficaria pronta nesta semana, mas a Stilgraf, que a imprimiria, desistiu anteontem do serviço. "A diretoria ficou com medo de ter alguma penalidade na Justiça", diz o gerente Maurício Nunes.
"Nós não somos um bando de doidões, somos ativistas. Estamos indignados, porque isso atrasou o lançamento", afirma William Lantelme, diretor de arte da revista.
Segundo Lantelme, a gráfica chegou a lhe indicar outra empresa para o trabalho, a fim de remediar a situação.
"A gráfica poderia ser considerada co-autora [de apologia], mas isso seria muito forçado", explicou o criminalista Eduardo Reale, sobre a possibilidade de a gráfica ser processada com a revista, cujo nome faz alusão ao tipo de cultivo que gera uma maconha mais potente.
Para ele, a revista poderia ser acusada de apologia ao crime, já que terá reportagens sobre o cultivo de cânabis.
"Algum juiz pode interpretar absurdamente que trata-se de apologia, ao considerar que a revista incita ao crime de tráfico por meio do cultivo de entorpecente", disse.
A publicação independente lança no país filão inaugurado pela americana "High Times" em 74. Na Argentina, a "THC" circula desde 2006.
Bimensal, a revista terá tiragem de 10 mil exemplares e será vendida a R$ 11,90, em bancas e pela internet, no site semsemente.com.
A primeira edição, que deve ficar pronta na semana que vem, terá reportagens sobre as marchas da maconha, cânabis medicinal, variedades da planta e gastronomia.
Ela ficaria pronta nesta semana, mas a Stilgraf, que a imprimiria, desistiu anteontem do serviço. "A diretoria ficou com medo de ter alguma penalidade na Justiça", diz o gerente Maurício Nunes.
"Nós não somos um bando de doidões, somos ativistas. Estamos indignados, porque isso atrasou o lançamento", afirma William Lantelme, diretor de arte da revista.
Segundo Lantelme, a gráfica chegou a lhe indicar outra empresa para o trabalho, a fim de remediar a situação.
"A gráfica poderia ser considerada co-autora [de apologia], mas isso seria muito forçado", explicou o criminalista Eduardo Reale, sobre a possibilidade de a gráfica ser processada com a revista, cujo nome faz alusão ao tipo de cultivo que gera uma maconha mais potente.
Para ele, a revista poderia ser acusada de apologia ao crime, já que terá reportagens sobre o cultivo de cânabis.
"Algum juiz pode interpretar absurdamente que trata-se de apologia, ao considerar que a revista incita ao crime de tráfico por meio do cultivo de entorpecente", disse.
A publicação independente lança no país filão inaugurado pela americana "High Times" em 74. Na Argentina, a "THC" circula desde 2006.
Bimensal, a revista terá tiragem de 10 mil exemplares e será vendida a R$ 11,90, em bancas e pela internet, no site semsemente.com.
A primeira edição, que deve ficar pronta na semana que vem, terá reportagens sobre as marchas da maconha, cânabis medicinal, variedades da planta e gastronomia.
Por Folha