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Viagem de ministro adia discussão no STF sobre julgamento de mensalão

Uma viagem do ministro Ricardo Lewandowski para a Suíça adiou a análise de uma questão de ordem que seria levada ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira. A questão de ordem 470 tem o objetivo de “disciplinar” o julgamento do mensalão.
Ela foi proposta pelo ministro relator do processo, o vice-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Oficialmente, Barbosa não relatou aos demais ministros quais aspectos desse julgamento que seriam tratados por essa questão de ordem. “Até eu estou curioso”, brincou o ministro Marco Aurélio Mello.
O próprio ministro Joaquim Barbosa entende ser uma incoerência votar uma questão de ordem com a ausência de Lewandowski, o ministro revisor do processo do mensalão. Lewandowski está na Suíça realizando palestras nas Universidades de Berna e Lucerna e se licenciou até esta sexta-feira (4). A tendência é que a questão de ordem seja levada a plenário na semana que vem.
Ao iG, o presidente do STF, Ayres Britto, afirmou que por se tratar de um caso “inusitado”, a formatação do julgamento do mensalão será diferenciada. Hoje, cogita-se que o caso do mensalão, com 38 réus e 600 testemunhas, tenha sessões extras pela manhã.
O mensalão é considerado o “julgamento do século”. O caso julgará a responsabilidade de 38 pessoas no suposto esquema de compra de apoio político do governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. O processo tem 300 volumes.
Por iG