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CPI: relator quer quebrar o sigilo de Perillo

Mesmo após mais de oito horas de depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPI do Cachoeira, o relator Odair Cunha (PT-MG) pretende insistir na importância de se aprovar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do político tucano. A ideia é que a suspensão da confidencialidade dos dados do goiano seja colocada em pauta já na próxima quinta-feira durante reunião administrativa da CPI. “Faremos a análise da quebra de sigilo na quinta-feira”, disse Cunha.
Mesmo com o apoio de governistas, a CPI deve enfrentar novo embate na votação sobre o acesso às informações de Perillo. Nesta terça, durante o depoimento do governador ao colegiado, a simples referência de Odair Cunha à possibilidade de o tucano, espontaneamente, aceitar levantar seu sigilo telefônico e SMS provocou bate-boca e protesto de parlamentares do PSDB. Acusavam o relator de tentar aprovar o requerimento de quebra de sigilo disfarçando a proposta como uma simples sugestão.
“Não vejo, sinceramente, motivos suficientes, justificativas plausíveis, fundamentação para que haja quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico”, afirmou Marconi Perillo.
Embora na própria avaliação do relator da CPI o governador tenha dado uma versão “com início, meio e fim” à venda de uma mansão sua em Goiânia, a quebra dos sigilos é considerada pelo governista como fundamental para se chegar à real versão sobre a troca de propriedade do imóvel.
“Essas informações devem ser tratadas como uma versão do governador. Não vamos nos basear apenas nas informações dele. Outras informações, as quebras de sigilo e outros testemunhos darão conta do relatório que vamos ver”, disse Odair Cunha.

Por Veja