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FMI se diz pronto para ajudar no resgate de € 100 bi à Espanha

A diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse neste sábado que a instituição está pronta para cooperar no resgate de € 100 bilhões que a zona do euro vai prestar aos bancos da Espanha.
"O FMI está pronto, no caso de um convite dos membros do Eurogrupo, para ajudar na implementação e no monitoramento dessa ajuda financeira por meio de pareceres regulares", disse a diretora-geral em comunicado.
Segundo Lagarde, o plano da zona do euro de dar até € 100 bilhões bate com as estimativas do FMI. Ela disse que "as necessidades de financiamento dos bancos espanhóis serão totalmente atendidas".
 
APOIO EUROPEU
 
A comunidade europeia recebeu bem o pedido de ajuda da Espanha para os bancos do país, feito aos ministros das Finanças da zona do euro neste sábado.
A Comissão Europeia se disse pronta para agir "rapidamente" nos trâmites necessários e para propor condições apropriadas ao setor.
"Estamos certos que a Espanha pode gradualmente reconquistar a confiança dos investidores e do mercado", disseram o presidente da comissão, José Manuel Durão Barroso, e o comissário europeu de assuntos monetários, Olli Rehn, em comunicado.
Os ministros de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e o francês, Pierre Moscovici, felicitaram a Espanha pelo acordo.
 
RESGATE DE € 100 BILHÕES
 
Mais cedo, neste sábado, os ministros de Finanças da zona do euro aceitaram a concessão de um resgate financeiro de até € 100 bilhões ao governo espanhol para que possa socorrer os bancos do país.
A zona do euro não pedirá medidas de austeridade para a concessão do resgate.
O anúncio foi feito após o FMI divulgar documento na sexta dizendo que seriam necessários pelo menos € 40 bilhões para recuperar os bancos do país ibérico.
 
POSIÇÃO ESPANHOLA
 
O ministro de Finanças da Espanha, Luis de Guindos, pediu neste sábado ajuda financeira à zona do euro para fazer o resgate aos bancos do país, em entrevista coletiva após a reunião do grupo de ministros da área econômica em videoconferência.
Guindos afirma que as condições e as taxas de juros serão "favoráveis" e que "as exigências de austeridade serão feitas apenas ao setor financeiro", sem afetar a sociedade espanhola.
O representante do governo diz que o valor pedido é suficiente para conseguir recuperar as instituições financeiras e ter uma margem caso a crise financeira nos bancos piore. Guindos nega que a Espanha tenha pedido um resgate.

Por Folha