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Resgate evita intervenção na Espanha, mas crise continua

O pacote de socorro de até € 100 bilhões aprovado pela União Européia e pelo Banco Central Europeu para recapitalizar o sistema financeiro da Espanha não resolveu a crise das dívidas e fragilizou o primeiro-ministro, Mariano Rajoy. O chefe de governo comemorou “ter evitado uma intervenção” no país, mas admitiu que, apesar da ajuda, a crise na Espanha deve piorar. O país permanecerá em sua segunda recessão em três anos e mais espanhóis vão perder seus empregos - uma em cada quatro pessoas já está desempregada. O premiê vem sendo criticado internamente por sua gestão de crise e deve ter de se explicar ao Parlamento. As circunstâncias da ajuda à Espanha provocaram insatisfações em Portugal. Líderes da oposição querem que o governo renegocie seu pacote, de € 78 bilhões. Analistas consideram que, apesar do acordo espanhol, a situação dos bancos europeus continua difícil.

Por Estadão