|

Em meio a guerra civil, Síria escapa de sanções

China e Rússia vetaram ontem resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para intervenções mais significativas contra a Síria.
Trata-se do terceiro veto contra sanções ao país árabe. Protestos contra o ditador Bashar Assad duram 16 meses e já deixaram ao menos 15 mil mortos, segundo a ONU.
O texto vetado dava dez dias para que o regime parasse de usar armas pesadas, sob pena de sofrer punições econômicas, segundo o capítulo 7 da Carta da ONU --que também prevê a possibilidade de intervenção militar.
Dos 15 membros do conselho --cinco permanentes (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China) e dez provisórios--, 11 votaram a favor da resolução, e dois, África do Sul e Paquistão, se abstiveram.
Só russos e chineses, que têm poder de veto, se posicionaram contra. Os dois países são os principais aliados de Assad entre as grandes potências.
Ontem, o ditador da Síria, Bashar Assad, apareceu na TV pela primeira vez após o ataque que matou três membros do alto escalão de seu regime, enquanto os confrontos na capital Damasco entravam no quinto dia.
A televisão estatal mostrou Assad dando posse ao general Fahd al Freij, novo ministro da Defesa. Ele ocupará a vaga de Daud Rajiha, um dos mortos no atentado de anteontem à sede do Departamento de Segurança Nacional, no centro da capital.
Aparentemente, a aparição na TV visava desfazer rumores de que Assad teria saído de Damasco e ido para Latakia, no noroeste, para planejar resposta ao ataque.

Por Folha