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Helicóptero cai em galpão na zona oeste de São Paulo e deixa dois mortos

Um helicóptero modelo Robinson 22 caiu na manhã desta quarta-feira em um galpão no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo, deixando os dois ocupantes mortos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a queda da aeronave foi registrada às 10h23, na rua Guaicurus, altura do número 200. No galpão de bobinas de metal da empresa Transnovac, havia apenas um motorista no momento do acidente. Ele não se feriu.
As duas vítimas - o instrutor Denis Frank Tomazi, de 32 anos, que pilotava o helicóptero, e o aluno Mailson Rocha Lopes, de 24 anos - morreram no local com quadro de politraumatismo. 
Com a queda, um buraco foi aberto no telhado. A cauda da aeronave se partiu e ficou sobre uma parte do teto. A cabine e os pilotos despencaram de uma altura de 8 metros e caíram no chão. A perícia trabalha com a hipótese de o helicóptero ter perdido o eixo de sustentação.
De acordo com a Infraero, a aeronave decolou às 9h19 do Campo de Marte, em Santana, na zona norte da capital, e pertence à Master Escola de Aviação Civil.
Jair de Lima, coordenador da Defesa Civil, diz que os pilotos estavam realizando um voo para mudar de categoria na profissão. Ele afirmou ainda que a estrutura do galpão não foi abalada e que o local deverá ser liberado após o trabalho da perícia. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), não há interferências no trânsito na região.

Testemunhas

João Adelir Gaspar, de 40 anos, motorista de caminhão, trabalha para uma empresa parceira da Transnovac. Ele estava no fundo do galpão onde o helicóptero caiu em um local onde os motoristas dormem.
Gaspar conta que ouviu o barulho de um helicóptero sobrevoando a região. "Ouvi uma falha de motor. Após a segunda falha, a aeronave caiu. Entrei dois segundos depois da queda. Vi as duas vítimas na cabine e um deles ainda respirava, lentamente, mas respirava. O piloto estava totalmente inconsciente e era o que estava mais ferido. Não me aproximei muito porque fiquei com medo que explodisse."
Edijani Santos, de 47 anos, é vizinha do galpão há 8 anos. “Um susto enorme quando ouvi. Estava assistindo à TV quando ouvi um estrondo. Logo pensei que era um carro em alta velocidade, mas não ouvi nenhum grito pedindo socorro. Minha casa chegou a tremer. Estou aliviada porque minha casa é muito próxima. Ainda estou tremendo. Imagina se estivesse acontecido aqui? Não estaria aqui falando com você (repórter)”, declarou a dona de casa logo após o fato.

Por iG