Por unanimidade, CCJ do aprova pedido de cassação de Demóstenes
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado
aprovou nesta nesta quarta-feira por unanimidade - foram 22 votos
favoráveis e nenhum contrário - o relatório que pede a casssação do
senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por ligação com o bicheiro
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro,
acusado de envolvimento em jogos ilegais. Com a decisão, o processo
segue para o plenário do Senado e deve ser votado - em votação secreta -
no plenário do Senado na próxima quarta-feira, 11. Para cassá-lo,
serão necessários 41 dos 81 votos dos senadores.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator na CCJ, defendeu que o processo de cassação não teve qualquer vício na tramitação. No parecer lido ao longo de mais de uma hora na comissão, Taques concluiu que o caso está pronto para ser votado no plenário da Casa. Na semana passada, o Conselho de Ética aprovou por unanimidade o pedido para cassá-lo.
Ontem, Demóstenes reafirmou sua inocência e disse que se tornou a "bola da vez" em um pronunciamento que foi lido em 15 minutos.
Demóstenes é acusado de relações estreitas com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de operar um esquema de jogos ilegais e tráfico de influência que contava com a participação de políticos e empresários. Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro e suas negociatas são alvo de investigação em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquério) mista.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator na CCJ, defendeu que o processo de cassação não teve qualquer vício na tramitação. No parecer lido ao longo de mais de uma hora na comissão, Taques concluiu que o caso está pronto para ser votado no plenário da Casa. Na semana passada, o Conselho de Ética aprovou por unanimidade o pedido para cassá-lo.
Demóstenes não foi à reunião, sendo representado por seu
advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro. Kakay, como é
conhecido, insistiu na tese de que os senadores iriam cassar um colega
com base em prova ilegal e disse que foi violado o foro privilegiado
porque o senador goiano foi investigado por três anos pela Justiça de
primeira instância, e não pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Coube ao relator do processo no Conselho de Ética,
Humberto Costa (PT-PE), rebater o advogado de Demóstenes. Costa disse
que jamais usou no seu voto, favorável à cassação, "qualquer informação
que não tivesse sido admitida pelo senador". O relator do conselho
afirmou que os fatos contra o senador goiano são "absolutamente claros,
consistentes e indefensáveis".
Até a decisão final, o senador Demóstenes promete fazer discursos
de defesa na tribuna do plenário. No primeiro, na última segunda-feira, o parlamentar pediu desculpas a cada um de seus colegas.
Ele também disse ser vítima de um processo de difamação provocado pelo
vazamento de conversas gravadas pela Polícia Federal durante as
operações Vegas e Monte Carlo.Ontem, Demóstenes reafirmou sua inocência e disse que se tornou a "bola da vez" em um pronunciamento que foi lido em 15 minutos.
Demóstenes é acusado de relações estreitas com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de operar um esquema de jogos ilegais e tráfico de influência que contava com a participação de políticos e empresários. Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro e suas negociatas são alvo de investigação em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquério) mista.
Por iG