PM reprime manifestação contra falhas no Enem e libera via em Ribeirão Preto (SP)

Armados com espingardas, bombas de efeito moral e gás de pimenta, ao menos 15 policiais militares impediram o fechamento das avenidas Nove de Julho e Independência durante o protesto de estudantes de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) contra o Enem, na tarde desta segunda-feira.
Os cerca de 150 estudantes, convocados por uma comunidade do Orkut, faziam uma passeata pela Nove de Julho quando decidiram fechar o cruzamento da avenida com a Independência, um dos principais da cidade.
Alguns motoristas que passavam pelo local tentaram jogar os veículos para cima dos estudantes --um dos carros teve o retrovisor quebrado. Em poucos minutos, cinco carros da Polícia Militar chegaram ao local para liberar o cruzamento.
Armados até com uma espingarda calibre 12, os policiais retiraram os estudantes da via e os concentraram em um obelisco que fica no meio do cruzamento.
"É um absurdo que nós não possamos nos manifestar e sejamos intimidados por policiais fortemente armados. A ditadura já acabou há muito tempo e isso não deveria mais acontecer no país", disse o estudante Rodolfo Takoka, 20.
Segundo o tenente Ricardo Costacurta, os policiais foram chamados por motoristas que informaram que o local estava sendo fechado.
"Eles têm direito de protestar, desde que respeitem o bem comum. Estamos armados, mas a maioria das armas é não letal e temos preparo para situação como essa. Não há abuso de nossa parte."