Agência atômica da ONU alerta para crise e envia equipes ao Japão
Um dia após um pronunciamento do premiê do Japão, Naoto Kan, admitindo que o desastre nuclear no país é "grave" e está "longe de ser solucionado", o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também reiterou que a crise está "longe do fim" e ordenou o envio de duas novas equipes ao país.
Numa entrevista ao "The New York Times", Amano alertou para uma situação de emergência que pode durar semanas, senão meses.
Ele disse ainda que as autoridades japonesas ainda não têm certeza do sucesso das estratégias usadas para resfriar os reatores da usina de Fukushima Nº1, mas que vê como "sinais positivos" o fato de o país ter reconectado a energia elétrica a partes das instalações.
Embora tenha evitado tecer críticas diretas ao governo, o ex-diplomata japonês disse ao jornal americano que "mais esforços deveriam ser feitos para colocar um fim ao acidente".
Amano disse ainda que a maior preocupação no momento é de que os sistemas de resfriamento sejam reparados ao mesmo tempo em que grandes quantias de água são injetadas na usina. Caso estes sistemas não sejam consertados, mesmo com o acréscimo de água "as temperaturas vão subir", disse.
AIEA ENVIA EQUIPES AO PAÍS
A AIEA enviou ainda ao Japão duas novas equipes de especialistas para colaborar na gestão da crise nuclear, uma delas dedicada a analisar a contaminação radioativa detectada em alimentos.
O organismo com sede em Viena indicou neste sábado em comunicado que as duas equipes já viajaram ao Japão para "ajudar na resposta à emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi", onde o terremoto e o tsunami de 11 de março provocaram grandes danos.
Uma das equipes está composta tanto por pessoal da AIEA como da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e seu trabalho será avaliar a contaminação de alimentos registrada após os vazamentos radioativos e ajudar as autoridades japonesas a recolherem e analisarem dados nesse sentido.
A agência reiterou na sexta-feira que a detecção de contaminação obrigou a restrição de distribuição de leite em Fukushima e Ibaraki, e de vegetais em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, para evitar que cheguem aos mercados.
A segunda equipe está composta por especialistas em proteção radiológica e realizará tarefas de medição e controle da radioatividade.
GESTOR DA CRISE
Mais cedo neste sábado o premiê Naoto Kan nomeou o ex-ministro dos Transportes Sumio Mabuchi como gestor da crise agravada após um novo vazamento na quinta-feira.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo, Yukio Edano, anunciou a nomeação de Mabuchi, ministro entre setembro de 2010 e janeiro deste ano, e deu um panorama atual das operações na usina de Fuksuhima Nº1.
Segundo ele, houve alguns avanços nas últimas 24 horas, como a restituição parcial da iluminação em algumas salas de controle e a injeção de água doce nos reatores, em lugar de água do mar.
"Mas ainda não podemos dar uma previsão", acrescentou, antes de insistir na necessidade de a empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power Company (Tepco) oferecer informações de forma ágil e precisa à Agência de Segurança Nuclear do Japão.
As notícias chegam após a Agência de Segurança Nuclear do Japão confirmar uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite legal na água do mar na área próxima a Fukushima.
O porta-voz do governo classificou ainda o desastre como "sem precedentes" no Japão.
O porta-voz do governo reiterou ainda que os níveis de radiação detectados em algumas verduras cultivadas em zonas próximas à usina nuclear "não representam uma ameaça imediata para a saúde".
Embora tenha evitado tecer críticas diretas ao governo, o ex-diplomata japonês disse ao jornal americano que "mais esforços deveriam ser feitos para colocar um fim ao acidente".
Amano disse ainda que a maior preocupação no momento é de que os sistemas de resfriamento sejam reparados ao mesmo tempo em que grandes quantias de água são injetadas na usina. Caso estes sistemas não sejam consertados, mesmo com o acréscimo de água "as temperaturas vão subir", disse.
AIEA ENVIA EQUIPES AO PAÍS
A AIEA enviou ainda ao Japão duas novas equipes de especialistas para colaborar na gestão da crise nuclear, uma delas dedicada a analisar a contaminação radioativa detectada em alimentos.
O organismo com sede em Viena indicou neste sábado em comunicado que as duas equipes já viajaram ao Japão para "ajudar na resposta à emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi", onde o terremoto e o tsunami de 11 de março provocaram grandes danos.
Uma das equipes está composta tanto por pessoal da AIEA como da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e seu trabalho será avaliar a contaminação de alimentos registrada após os vazamentos radioativos e ajudar as autoridades japonesas a recolherem e analisarem dados nesse sentido.
A agência reiterou na sexta-feira que a detecção de contaminação obrigou a restrição de distribuição de leite em Fukushima e Ibaraki, e de vegetais em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, para evitar que cheguem aos mercados.
A segunda equipe está composta por especialistas em proteção radiológica e realizará tarefas de medição e controle da radioatividade.
GESTOR DA CRISE
Mais cedo neste sábado o premiê Naoto Kan nomeou o ex-ministro dos Transportes Sumio Mabuchi como gestor da crise agravada após um novo vazamento na quinta-feira.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo, Yukio Edano, anunciou a nomeação de Mabuchi, ministro entre setembro de 2010 e janeiro deste ano, e deu um panorama atual das operações na usina de Fuksuhima Nº1.
Segundo ele, houve alguns avanços nas últimas 24 horas, como a restituição parcial da iluminação em algumas salas de controle e a injeção de água doce nos reatores, em lugar de água do mar.
"Mas ainda não podemos dar uma previsão", acrescentou, antes de insistir na necessidade de a empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power Company (Tepco) oferecer informações de forma ágil e precisa à Agência de Segurança Nuclear do Japão.
As notícias chegam após a Agência de Segurança Nuclear do Japão confirmar uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite legal na água do mar na área próxima a Fukushima.
O porta-voz do governo classificou ainda o desastre como "sem precedentes" no Japão.
O porta-voz do governo reiterou ainda que os níveis de radiação detectados em algumas verduras cultivadas em zonas próximas à usina nuclear "não representam uma ameaça imediata para a saúde".
Por Folha