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Aviação francesa abate aeronaves de Kadafi

As forças aéreas francesas destruíram pelo menos sete aeronaves das tropas leais ao ditador líbia Muammar Kadafi neste sábado. Foram abatidos cinco aviões de combate Galeb e dois helicópteros MIM-35 que buscaram invadir a zona de exclusão aérea.
De acordo com o Ministério de Defesa francês, vinte aviões Rafale, Mirage e Super Etendard Modernisé participaram neste sábado das operações de patrulha e de bombardeio.  Parte das aeronaves decolou do porta-aviões Charles de Gaulle, que receberam munição e combustível por meio do submarino Mosa.
Os ataques da coalizão internacional tiveram como objetivo deter o bombardeio de tropas pró-Kadafi sobre a cidade de Misrata, que está isolada entre Trípoli e Sirte. A localidade portuária está sob fogo de carros de combate e artilharia leais ao governo nos últimos dias, segundo informações do canal árabe "Al Arabiya".
Os residentes de Misrata, em suas raras comunicações com o exterior, asseguraram às emissoras por satélite árabes que a situação é desesperadora na cidade por causa da falta de remédios, sangue e demais elementos essenciais para atender ao grande número de feridos, que chegam a dezenas. Diversos franco-atiradores das forças leais ao líder líbio teriam sido abatidos.
 
Avanço - Os rebeldes líbios se encontram nas imediações da cidade de Brega, rumo ao oeste da Líbia, depois de terem recuperado neste sábado o controle de Ajdabiya após sua vitória contra as forças do líder Muammar Kadafi. "Os rebeldes estão a 20 quilômetros de Brega ", disse à Agência Efe o porta-voz dos revolucionários, Muhamad Mergirby, em Benghazi. Ainda não foram registrados combates. Brega é um importante centro petroleiro líbio, situado a cerca de 70 quilômetros ao oeste de Ajdabiya e a 240 quilômetros do sudoeste de Benghazi, a segunda cidade da Líbia e a mais importante em poder das forças da oposição.
As forças rebeldes retomaram neste sábado o controle de Ajdabiya, 160 quilômetros ao sudoeste de Benghazi, após oito dias de contraofensiva contra os partidários de Kadafi.
O porta-voz militar dos rebeldes, coronel Ahmad Omar Bany, qualificou a jornada deste sábado como "um grande dia na história da Líbia" após a recuperação de Ajdabiya.
O representante dos rebeldes detalhou a parceria com a coalizão ocidental. "Enquanto os bombardeios das forças da coalizão internacional agiram em  objetivos especiais, nós consolidamos as posições no terreno.”
 
Festa - Centenas de pessoas se reuniram no fim da tarde em uma praça central de Bengazi para celebrar a vitória em Ajdabiya.
Muitos levaram a bandeiras da época monárquica.  Um dos manifestantes, Náder, de 20 anos, confessou estar feliz com a libertação de Ajdabiya. "Amanhã vou ver a situação, como avançaram e ver se também posso ajudar", indicou o jovem, que precisou que não tem intenção de unir-se aos voluntários revolucionários em Brega.

Por Veja