Dilma 'freia' reajuste da gasolina
A maior opositora para o eventual reajuste dos preços da gasolina é a presidente Dilma Rousseff. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "A Dilma é quem mais freia (o reajuste). Ela não quer aumento de preço (da gasolina)", afirmou Lobão, após o término do programa "Bom Dia Ministro", do qual participou ontem.
Segundo ele, a Petrobrás tem pleiteado o reajuste sob a justificativa de que os preços não sobem há nove anos e a última alteração ocorreu há dois anos, mas para baixo. O governo, porém, tem resistido ao aumento. "Temos dito que não concordamos com esse aumento", enfatizou.
O ministro admitiu, no entanto, que, se a cotação do barril de petróleo ultrapassar "muito" os níveis atuais, o reajuste será inevitável. Entretanto, Lobão não quis dar um valor exato. "A Petrobrás imaginava que, se o petróleo chegasse a US$ 105, teria de haver reajuste. Mas estamos a US$ 120 e não houve."
Os preços do petróleo voltaram a subir, fechando acima dos US$ 112 por barril ontem em Nova York, pela primeira vez em dois anos e meio. O preço do petróleo Brent fechou no nível mais alto desde julho de 2008 e apenas US$ 17 abaixo de seu recorde de fechamento.
Etanol. Lobão confirmou ontem que está em análise no governo uma proposta de taxação da exportação de açúcar para forçar as usinas a aumentar a produção do combustível e assim reduzir o preço do álcool ao consumidor. O ministro se referiu a uma das alternativas em estudo do governo para conter o avanço do preço do etanol, que disparou nos postos nos últimos dias.
O Estado apurou que essa será uma das medidas mais fortes adotadas pelo governo para evitar elevações do preço do produto, pois a produção de etanol e de biocombustíveis é uma das políticas do governo Dilma.
Isso porque os usineiros que receberam incentivos do governo para produzir etanol "desviaram" os benefícios e estão se aproveitando da alta cotação do açúcar no mercado internacional para aumentar as exportações, deixando o mercado interno desabastecido de etanol.
Lobão confirmou ainda que o governo está estudando uma forma de aumentar a regulação sobre o setor, que ficaria a cargo da Agência Nacional do Petróleo (ANP). "Temos de garantir o abastecimento dos automóveis que utilizam muito etanol." O ministro observou que ainda não há decisão tomada, mas ponderou que o governo estuda enviar uma nova lei ou medida provisória ao Congresso para mudar a regulação do etanol, colocando-a sob o mesmo rigor de controle da gasolina.
Segundo o ministro, o governo também quer privilegiar empréstimos às refinarias que produzem etanol, em vez de açúcar. O ministro afirmou, ainda, que solicitou ao presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, que a companhia produza mais esse tipo de combustível.
Segundo ele, a Petrobrás tem pleiteado o reajuste sob a justificativa de que os preços não sobem há nove anos e a última alteração ocorreu há dois anos, mas para baixo. O governo, porém, tem resistido ao aumento. "Temos dito que não concordamos com esse aumento", enfatizou.
O ministro admitiu, no entanto, que, se a cotação do barril de petróleo ultrapassar "muito" os níveis atuais, o reajuste será inevitável. Entretanto, Lobão não quis dar um valor exato. "A Petrobrás imaginava que, se o petróleo chegasse a US$ 105, teria de haver reajuste. Mas estamos a US$ 120 e não houve."
Os preços do petróleo voltaram a subir, fechando acima dos US$ 112 por barril ontem em Nova York, pela primeira vez em dois anos e meio. O preço do petróleo Brent fechou no nível mais alto desde julho de 2008 e apenas US$ 17 abaixo de seu recorde de fechamento.
Etanol. Lobão confirmou ontem que está em análise no governo uma proposta de taxação da exportação de açúcar para forçar as usinas a aumentar a produção do combustível e assim reduzir o preço do álcool ao consumidor. O ministro se referiu a uma das alternativas em estudo do governo para conter o avanço do preço do etanol, que disparou nos postos nos últimos dias.
O Estado apurou que essa será uma das medidas mais fortes adotadas pelo governo para evitar elevações do preço do produto, pois a produção de etanol e de biocombustíveis é uma das políticas do governo Dilma.
Isso porque os usineiros que receberam incentivos do governo para produzir etanol "desviaram" os benefícios e estão se aproveitando da alta cotação do açúcar no mercado internacional para aumentar as exportações, deixando o mercado interno desabastecido de etanol.
Lobão confirmou ainda que o governo está estudando uma forma de aumentar a regulação sobre o setor, que ficaria a cargo da Agência Nacional do Petróleo (ANP). "Temos de garantir o abastecimento dos automóveis que utilizam muito etanol." O ministro observou que ainda não há decisão tomada, mas ponderou que o governo estuda enviar uma nova lei ou medida provisória ao Congresso para mudar a regulação do etanol, colocando-a sob o mesmo rigor de controle da gasolina.
Segundo o ministro, o governo também quer privilegiar empréstimos às refinarias que produzem etanol, em vez de açúcar. O ministro afirmou, ainda, que solicitou ao presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, que a companhia produza mais esse tipo de combustível.
Por Estadão